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"Não aceitamos ser a única sede de concelho a ver-se privada da CGD"

Vice-presidente da autarquia de Almeida apela a que a administração da Caixa "a dar um passo atrás" na decisão de fechar o balcão da Caixa, a única na sede do concelho.

"Não aceitamos ser a única sede de concelho a ver-se privada da CGD"
Notícias ao Minuto

16:26 - 08/05/17 por Melissa Lopes com Lusa

País Protestos

Os autarcas e a população de Almeida não desistem de lutar contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na sede do concelho. Em protesto em frente à agência do banco público em Vilar Formoso, o vice-presidente da autarquia, Alberto Morgado, voltou a explicar as razões pelas quais a administração deve "dar um passo atrás" na sua decisão.

"É uma vergonha para a administração da Caixa Geral de Depósitos", lamentou Alberto Morgado, em declarações à TVI, onde explica, uma vez mais, o porquê de estar contra o encerramento do balcão.

"Além de ser a única sede de concelho do país que se vê privada dos serviços da Caixa", argumentou, as repartições públicas do concelho não funcionam sem ter os serviços de proximidade da CGD.

"Por outro lado, todos os reformados e pensionistas do concelho de Almeida, que são cerca de 2.500, ficam privados de aproveitar determinados serviços públicos do concelho e de levantar a sua pensão", prosseguiu, lembrando que a maioria dos reformados e pensionistas não sabe funcionar com os balcões eletrónicos.

"E, por isso, não resolve nada", reforçou a sua posição. "Não aceitamos ser a única sede de concelho do país a ver-se privada dos serviços financeiros e de tesouraria da Caixa. É uma vergonha para a administração da CGD, é um escândalo", considerou Alberto Morgado, que voltou a apelar ao diálogo: "A administração tem que dar um passo atrás e ouvir-nos. Haja boa vontade, estratégia e visão de futuro", rematou. 

O presidente da autarquia, António Baptista Ribeiro, disse à agência Lusa que a concentração, realizada em frente do balcão de Vilar Formoso da CGD "decorreu de uma forma ordeira" e que vão seguir-se "novas formas de luta", sem especificar.

"Não vamos desistir. Vai haver outras formas de luta e de intervenção que, a seu tempo, vão ser divulgadas", prometeu.

Disse ainda à Lusa que com a situação verificada em Vilar Formoso, com o fecho antecipado das instalações da dependência bancária, viu naquela vila fronteiriça, ponto de passagem para quem entre e sai do país, "uma dezena de pessoas" que ali se dirigiram e que a encontraram encerrada.

"Isto é hilariante. Penso que se perdeu o tino neste país", comentou o autarca, lembrando que não se justificava o encerramento antecipado da agência porque "as pessoas vieram manifestar-se de forma ordeira".

António Ramos, de 73 anos, residente em Almeida, um dos participantes na ação de protesto pacífica, disse à Lusa que a porta da dependência bancária de Vilar Formoso fechada constitui uma situação "desagradável".

"Isto são bofetadas que se dão sem mão. Eu vinha para obter informações [sobre a conta bancária] e cheguei aqui e deparei-me com esta situação. É desagradável e intolerável. É mais que lamentável, porque as portas estão fechadas e os vidros não deixam observar nada para o interior", disse o habitante.

Os habitantes e autarcas abandonaram o local do protesto pelas 15:45. Almeida tem novo protesto marcado para o próximo dia 17. Um dia antes, o presidente da Câmara de Almeida irá ser recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. 

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