O governante, que falava aos jornalistas após a apresentação, em Melgaço, do projeto de interesse público para a melhoria da cobertura de comunicações eletrónicas móveis no PNPG, adiantou que aquelas quatro estarão em funcionamento na chamada "fase Charlie" em que meios de combate a incêndios se encontram na sua capacidade máxima.
O ministro, que falava na porta de Lamas de Mouro, em Melgaço, uma das cinco portas de entrada no PNPG, adiantou que até final do ano entrarão em funcionamento outras duas estações.
As duas que completarão o investimento de 600 mil euros, financiado pelo Fundo Ambiental, serão instaladas em 2018.
Das oito antenas a instalar no PNPG, "quatro serão significativas alterações e as restantes construídas de raiz".
O reforço da cobertura de comunicações eletrónicas móveis no PNPG é uma das 11 medidas do plano-piloto de prevenção de incêndios florestais e de valorização e recuperação de habitats naturais no PNPG, aprovado em conselho de ministros em outubro de 2016, que envolve um investimento global de 8,5 milhões de euros em aproximadamente seis anos.
Matos Fernandes destacou que o projeto hoje formalizado "só é possível com a parceria das autarquias mas, essencialmente, dos operadores de telecomunicações, a PT, Meo, NOS e Vodafone, e da EDP Distribuição".
"Não há aqui nenhum negócio associado a estas antenas de telecomunicações. As operadoras vão investir um montante quase tão grande quanto o que estamos aqui a fazer", referiu.
O governante anunciou ainda que, também ao abrigo daquele plano-piloto, elaborado na sequência dos incêndios que, em 2016, consumiram cerca de sete mil hectares, 10% dos 70 mil hectares daquela área protegida, "estarão no terreno, no PNPG, até 30 de junho, 50 sapadores florestais que vão constituir 10 equipas para trabalhar, coordenadamente, na prevenção e combate aos incêndios".
O ministro do Ambiente sublinhou a importância "do reforço de meios humanos para ter uma presença humana" naquele território e para, "antes da "fase Charlie", ser feito o primeiro combate quando o incêndio deflagra ou é detetado".
"Os ordenados de todas das pessoas destas equipas, contratadas por três anos, são financiados através do Fundo Ambiental. O Estado, através do Instituto de Conservação da Natureza (ICNF) contrata 12. As autarquias, através da Adere - Peneda Gerês (Associação de Desenvolvimento de Desenvolvimento Regional) contrata os outros 38", especificou.
João Pedro Matos Fernandes disse ainda que o reforço da cobertura da rede móvel, além de permitir "um alerta muito mais rápido, no caso dos incêndios ou qualquer outro acidente ou incidente", contribuirá para a economia local permitindo a criação de um conjunto de aplicações de divulgação do património natural para quem percorre estes espaços possam estar disponíveis".
A medida, hoje iniciada, "tem por objetivo melhorar a rede móvel de modo a reduzir 'zonas sombra', permitir a comunicação entre as forças de segurança e melhorar as condições de segurança dos turistas nos trilhos do PNPG".
Além das operadoras de telecomunicações, os protocolos hoje assinados para o reforço da cobertura da rede eletrónica móvel envolveram as Câmaras Municipais de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Montalegre e Vieira do Minho.