Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
20º
MIN 12º MÁX 24º

Municípios querem mais receitas contra incêndios em edifícios

Os municípios vão assumir competências na segurança contra incêndios em edifícios e recintos na categoria de risco mais baixa, mas um documento de trabalho da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) reclama maior participação nas receitas das coimas.

Municípios querem mais receitas contra incêndios em edifícios
Notícias ao Minuto

10:38 - 29/04/17 por Lusa

País Proteção Civil

Segundo a proposta de diploma, a que a agência Lusa teve acesso, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) assegura o cumprimento do regime de segurança contra incêndios em edifícios, "com exceção dos edifícios e recintos que são classificados na primeira categoria de risco cuja competência é dos municípios".

Na categoria mais baixa de risco, de entre quatro níveis definidos em função de vários parâmetros técnicos, enquadram-se habitações, parques de estacionamento, serviços, comércio, restaurantes, lares de idosos, hotéis, indústrias, oficinas e armazéns.

No regime em vigor, a ANPC detém a competência sobre todos as categorias de risco em edifícios e recintos, enquanto o novo diploma prevê que os municípios passem a ser competentes, no âmbito da primeira categoria de risco, por vistorias, inspeções, medidas de autoproteção, fiscalização e instrução e decisão de processos sancionatórios.

Na repartição das receitas das coimas admite-se que 10% seja para a entidade fiscalizadora, 30% para a ANPC ou para o município (resultando da primeira categoria de risco) e 60% para o Estado.

Um documento de trabalho da ANMP salienta que as autarquias, apesar de fiscalizarem, instruírem e decidirem nos processos de contraordenação, ficam no máximo com 40% das coimas, o que é rejeitado e se considera que "deve constituir, integralmente, receita municipal".

A possibilidade de as taxas pelos serviços prestados pelos municípios serem fixadas por portaria dos membros do Governo das áreas das Finanças, da Proteção Civil, da Administração Local e da Economia traduz-se em violação "da autonomia do poder local", aponta o documento.

A proposta de diploma será debatida, no início de maio, num dos seis grupos de trabalho criados pela ANMP e pelo Governo para analisar a descentralização de competências nas áreas do ambiente e do mar, da educação, da saúde, do trabalho, solidariedade e segurança social, das finanças e dos assuntos gerais.

O presidente da ANMP, Manuel Machado, afirmou na quinta-feira, no grupo de trabalho parlamentar da descentralização, que a associação apenas recebeu propostas setoriais relativas às freguesias, promoção turística, segurança contra incêndios e saúde.

As propostas de descentralização do Governo, do PSD, CDS-PP e PCP, e os projetos de resolução do BE e do PAN sobre o mesmo tema, encontram-se em discussão na especialidade no parlamento.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório