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Governo pondera antecipar proibição de queimadas em "algumas zonas"

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, anunciou hoje que está a ponderar antecipar a época de proibição de queimadas em algumas zonas do país, devido ao elevado número de fogos que têm ocorrido.

Governo pondera antecipar proibição de queimadas em "algumas zonas"
Notícias ao Minuto

21:26 - 28/04/17 por Lusa

País Jorge Gomes

O governante falava em Bragança, na apresentação do dispositivo de combate a fogos florestais para o distrito, tendo afirmado durante o discurso que está a pensar avançar, na próxima semana, com "uma medida de exceção que é pura e simplesmente proibir" a realização de queimadas.

Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado explicou que a intenção é "antecipar para algumas zonas" do país a proibição de queimadas, que já é lei durante o verão, o chamado período crítico dos incêndios florestais, que este ano se antecipou com um número de fogo considerado "atípico" e uma área ardida de cerca de onze mil hectares.

"E está a ser pelo comportamento das pessoas que isto está a acontecer, por muitas queimadas de sobrantes que neste momento é autorizada. Vamos repensar se não podemos proibir que essas queimadas sejam feitas, porque nós temos de estancar este tipo de incêndios num período como é este", afirmou.

Jorge Gomes ressalvou que, se a proibição avançar, "as queimadas podem na mesma ser feitas, mas têm de obedecer a determinadas regras e a determinados requisitos".

"As pessoas podem queimar. Só que têm de solicitar à Câmara Municipal ou dar conhecimento à Câmara Municipal e aos bombeiros para acompanharem o processo da queimada, para que não haja desenvolvimento para grandes incêndios", indicou.

O secretário de Estado afirmou que "um grande contributo" para o número de fogos a que o país está a assistir "vem dessa área, que é, não só da queima de sobrantes de floresta, como de queimadas de pastorícias".

Segundo o governante, 2017 está a ser atípico em número de incêndios florestais, devido a "uma falta de humidade muito grande no solo" e porque "o terreno está muito seco, a matéria combustível está muito seca e qualquer ponto de fogo se desenvolve com muita rapidez", .

"Agora não podemos continuar a admitir que as pessoas usem e abusem do fogo perfeitamente descontrolado", afirmou.

Jorge Gomes alertou que o dispositivo de combate está este ano a partir para a época de fogo com a "desvantagem dos números".

Os dados oficiais revelam que, de janeiro a 25 de abril de 2016, Portugal contabilizou 350 hectares de área ardida, enquanto este ano, no mesmo período soma já onze mil hectares".

Conseguir reduzir a área ardida em relação ao ano anterior é um dos desígnios apontados pelo governante para a época oficial de fogos que arranca a 15 maio.

Jorge Gomes sublinhou que o principal desígnio continua, contudo a ser "mortes zero" , como aconteceu no ano anterior.

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