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INEM garante que não irá encerrar "qualquer meio de emergência"

O INEM garantiu hoje que não irá encerrar "qualquer meio de emergência do instituto" na sequência do plano de reorganização do horário de funcionamento de Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) proposto por este organismo.

INEM garante que não irá encerrar "qualquer meio de emergência"
Notícias ao Minuto

17:01 - 28/04/17 por Lusa

País Esclarecimento

O esclarecimento do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) surge após notícias sobre o alegado encerramento de ambulâncias deste organismo, durante a noite, em vários concelhos.

O Jornal de Notícias escreve hoje que as ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vão deixar de funcionar entre as 00:00 e as 8:00 nos concelhos da Maia, Guimarães, Chaves, Espinho, Covilhã, Aveiro, Anadia e Amadora e detalha que a medida entra em vigor na próxima segunda-feira para durar até ao final do ano.

Uma nota do INEM refere que "o plano de ajustamento de horários noturnos das ambulâncias do INEM que tem vindo a ser analisado tem como objetivo aumentar a eficácia na gestão da emergência médica pré-hospitalar", responsabilidade deste organismo.

"Tratou-se sempre de equacionar medidas temporárias que permitissem racionalizar a complementaridade existente entre as ambulâncias do INEM e dos seus parceiros -- sobretudo corporações de bombeiros mas também delegações da Cruz Vermelha Portuguesa - no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), entidades com as quais o INEM tem estabelecidos protocolos de colaboração e de entreajuda e que constituem um recurso valioso na prestação de cuidados de emergência médica à população, assegurando atualmente a maior parte da resposta do SIEM", lê-se no comunicado.

De acordo com este instituto, o SIEM, que é "o sistema que dá resposta às necessidades do cidadão em casos de acidente ou doença súbita, é composto por um conjunto muito alargado de meios de emergência, encontrando-se ao serviço das populações, atualmente, um total de 622 meios de emergência".

A mesma nota indica que "os reajustamentos equacionados inicialmente seriam apenas aplicados a 15 das 56 AEM do INEM, meios de emergência tripulados por Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), e em locais onde a resposta a situações de emergência médica pré-hospitalar seria garantida, de forma eficiente, pelos parceiros do INEM".

"Os parceiros do INEM, designadamente as Corporações de Bombeiros e as delegações da CVP, asseguram já, com elevada qualidade e competência, mais de 80% dos serviços de emergência médica em todo o território de Portugal continental".

Além de garantir que "não se verificará o encerramento de qualquer meio de emergência do instituto", o INEM recorda que anunciou recentemente a abertura, até ao final de 2017, de mais 20 ambulâncias em corporações de bombeiros, completando assim a cobertura de todos os concelhos do país com uma ambulância do INEM, e a abertura de mais quatro ambulâncias em concelhos onde já existe ambulância INEM.

"O INEM anunciou ainda um plano para renovação da sua frota a cinco anos que prevê a renovação, ainda em 2017, de 41 ambulâncias", lê-se na nota.

O PSD anunciou entretanto que requereu à Comissão de Saúde que delibere ouvir o ministro da Saúde, "com caráter de urgência, a propósito do anunciado fecho dos meios de emergência do INEM".

"A referida reorganização consiste num verdadeiro racionamento dos meios de emergência do INEM, na medida em que o governo pretende que deixem de funcionar no horário noturno um total de 13 ambulâncias a nível nacional", lê-se na nota do grupo parlamentar do PSD.

Segundo os sociais-democratas, "está em causa o fecho do horário noturno das ambulâncias sedeadas, designadamente dos municípios de Amadora, Anadia, Aveiro, Chaves, Covilhã, Espinho, Guimarães, Maia e Ovar".

"Será igualmente reduzido o funcionamento desses meios de emergência nos municípios de Lisboa e do Porto e, bem assim, alterados os horários de funcionamento das ambulâncias de emergência médica de Sacavém, do Seixal e de Almada para turnos intermédios".

O PSD repudia esta intenção do Governo e opõe-se "frontal e totalmente, para mais quanto é certo que, na anterior legislatura, o INEM teve a sua capacidade e disponibilidade no transporte de doentes urgentes significativamente reforçadas".

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