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"15 ou 17" árvores foram cortadas em Monsanto para campo de râguebi

O vereador da Estrutura Verde da Câmara Municipal de Lisboa, José Sá Fernandes, afirmou hoje que apenas "15 ou 17 árvores" foram abatidas no parque florestal de Monsanto, para dar lugar a um campo de râguebi.

"15 ou 17" árvores foram cortadas em Monsanto para campo de râguebi
Notícias ao Minuto

18:25 - 26/04/17 por Lusa

País Lisboa

"Houve abates em Monsanto, cerca de 15 ou 17 árvores para a construção do campo de râguebi", disse José Sá Fernandes na reunião pública do executivo municipal de maioria socialista, quando questionado sobre o assunto.

Os moradores do Bairro da Boavista, junto a Monsanto, alertaram para o facto de terem sido abatidas árvores recentemente, com vista à construção de um campo de râguebi para o Grupo Desportivo Direito.

Os moradores falam em "dezenas de árvores abatidas", o que foi contrariado hoje pela Câmara de Lisboa.

Em resposta ao vereador do PCP Carlos Moura, José Sá Fernandes afirmou que "o que estava previsto nesta zona, e numa maior, era um campo de golfe", porém "em 2013 o direito de superfície foi reduzido em 22 mil metros quadrados".

"Parece melhor, apesar de tudo, que haja um campo de râguebi", uma vez que "o campo de golfe destruiria as árvores todas", apontou, considerando que esta situação seria "um atentado inacreditável para Monsanto".

Segundo o vereador da Estrutura Verde, o projeto "não põe em causa a certificação de Monsanto".

"Está aberta uma clareira que não percebemos exatamente porquê", dado que as "árvores encontravam-se em boas condições fitossanitárias", referiu Carlos Moura, advogando que esta é uma situação "extremamente negativa para Monsanto e para a cidade".

Também o vereador João Bernardino (PCP) interveio na discussão, vincando que não se pode "ir dando trincadelas em Monsanto".

Por seu turno, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, salientou que "a infraestrutura proposta não viola nenhuma conceção de desenvolvimento do parque, no sítio onde está".

Quanto às críticas dos munícipes, Medina manifestou não ter conhecimento do descontentamento da população do Bairro da Boavista.

"Não foi uma dimensão de que tivéssemos informação, uma perturbação nessa matéria. Achámos que seria o contrário", observou, acrescentando que o objetivo é que o campo de râguebi "possa servir a comunidade".

Mas "estamos a tentar minorar [os incómodos] e prestar os esclarecimentos todos" à população, observou, apontando que a Câmara irá "tentar que o equipamento funcione sem conflitos com o bairro".

Considerando ser "importante que [o campo de râguebi] tenha acolhimento da comunidade", Medina afirmou ser "preciso cuidar da aceitação social" daquele equipamento.

O presidente do executivo municipal louvou também "o esforço feito para instalar equipamentos [em Monsanto], porque não havia lá nada".

Ainda na reunião, o vereador do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, alertou para o facto de uma intervenção na Segunda Circular, junto ao Campo Grande, poder vir a constituir perigo para a circulação automóvel.

Em resposta, Fernando Medina afirmou que "a perturbação na via é limitada do ponto de vista temporal, porque grande parte da obra é executada fora".

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