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"É preciso criar empregos nem que seja com salários mais baixos"

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, defende que as pessoas “não se podem conformar com a pobreza”, frisando que “todos podem e devem ajudar”. Para a responsável, que também é economista, “é preciso pôr a máquina da economia a funcionar”, nomeadamente através da “criação de emprego, nem que seja com salários mais baixos”.

"É preciso criar empregos nem que seja com salários mais baixos"
Notícias ao Minuto

22:36 - 30/05/13 por Eudora Ribeiro

País Isabel Jonet

“Não nos podemos conformar com a pobreza, todos podem e devem ajudar”, começou por defender Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, em entrevista na TVI24. Isabel Jonet sublinhou que “as pessoas não aguentam tudo porque há limites que não se podem passar”.

Para a presidente do Banco Alimentar, “é preciso por a máquina da economia a funcionar”. “Sou economista e todas as nossas baterias tem de estar voltadas para a criação de emprego, nem que seja com salários mais baixos”, defendeu Isabel Jonet, alertando que “o desemprego pode criar uma espiral depressiva”.

Na TVI24, Isabel Jonet frisou que o que que vê todos os dias é que “há muitas famílias que estão numa situação dramática” e “muitas instituições que não podem continuar a admitir mais pessoas carenciadas para ajudar”.

Questionada sobre se existe actualmente em Portugal uma revolta mansa em relação às sucessivas medidas de austeridade, Isabel Jonet respondeu acreditar que “as pessoas, embora incomodadas e vivendo mal, se calhar percebem que não há outra volta a dar porque estamos num programa de intervenção”.

A responsável adiantou também que “o Banco Alimentar não chega para as encomendas hoje em dia”, revelando que o seu “maior sonho é acabar com a actividade do Banco Alimentar porque era sinal que não havia fome”.

A propósito da ideia de que é melhor ‘ensinar a pescar do que dar o peixe’, Isabel Jonet defendeu que “o que se faz nos bancos alimentares é a montante do ensinar a pescar”. “Hoje há muitos rios que estão secos e o que fazemos é ajudar as pessoas a sobreviver para que possam muitas vezes voltar ao mercado de trabalho”, defendeu.

Isabel Jonet referiu que existem actualmente 20 bancos alimentares que ajudam a alimentar 4% da população portuguesa. “A comida é um meio para restaurar o homem e levar o homem a autonomizar-se”, argumentou a presidente do Banco Alimentar.

Este fim-de-semana arranca mais uma campanha de recolha de alimentos à porta de 1.181 estabelecimentos comerciais, de Norte a Sul do País, e também na Internet, até 9 de Junho.

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