Francisco George, diretor-geral da Saúde, comentou o caso da discussão em torno da vacinação obrigatória, que surgiu após uma epidemia de sarampo que já fez uma vítima mortal em Portugal.
Em entrevista à SIC, o médico explicou que “há um grande peso sobre as questões ligadas aos direitos e liberdades individuais”, mostrando que este debate deve ser feito em sede parlamentar.
“São os deputados que representam todas as correntes de opinião portuguesas que devem debater este assunto e é bom que este debate tenha lugar. É bom que esta reflexão seja serena pelos parlamentares num ambiente que não pode estar na emoção coletiva, mas é importante que seja feito”, realçou o diretor-geral da Saúde.
Questionado sobre a sua opinião enquanto médico no que toca à vacinação obrigatória, Francisco George reforçou que "é um dever dos pais vacinar as crianças porque estão a decidir em relação à saúde dos filhos e não deles próprios”.
“Por outro lado, há uma questão de interesse social, porque a criação de uma bolsa de não-vacinados vai permitir a circulação de vírus e bactérias que depois vai circular atingindo a comunidade”, ressalvou o profissional de saúde.
“Ao não vacinarmos uma criança não estamos a proteger o filho, estamos a criar condições para ele poder ter a doença e fazer circular um vírus que tem reflexos na comunidade”, alertou o diretor-geral da Saúde.