Queda de aeronave em Tires mata e deixa nove pessoas desalojadas

Cinco pessoas morreram hoje após a queda de uma aeronave com matrícula suíça em Tires, no concelho de Cascais, junto ao parque de descargas de um supermercado, que deixou ainda desalojadas nove pessoas.

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Lusa
17/04/2017 19:36 ‧ 17/04/2017 por Lusa

País

Acidente

Segundo fonte oficial do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários -- GPIAAF, a aeronave descolou do aeródromo de Tires pelas 12h00, tendo-se despenhado cerca de dois mil metros depois da descolagem.

A queda causou a morte dos quatro ocupantes da aeronave, dos quais um suíço e três franceses, e de uma pessoa que estava em terra, no parque de descargas do supermercado LIDL.

O comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa, André Fernandes, indicou que os ocupantes eram todos adultos.

Segundo fonte da Proteção Civil, o aparelho dirigia-se para Marselha, em França.

Além das vítimas mortais, há ainda a registar quatro feridos ligeiros, por inalação de fumo, dois dos quais foram assistidos no local e os outros dois transportados para o hospital de Cascais.

A aeronave atingiu ainda uma habitação e um anexo situados junto ao supermercado, tendo os seus habitantes - nove pessoas - ficado desalojados.

"Mas não foi preciso realojá-las porque vão ficar com familiares", afirmou o comandante municipal da Proteção Civil, Pedro Mendonça.

Fonte da cadeia de supermercados confirmou à Lusa que a aeronave caiu junto dos armazéns da loja de Tires e especificou que não há vítimas entre os funcionários do LIDL.

O supermercado encontrava-se, na altura do acidente, com alguns clientes, mas, segundo André Fernandes, as pessoas saíram do estabelecimento sem problemas de maior, depois de ativados os procedimentos de segurança.

No local esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a acompanhar as operações de socorro, que mobilizaram 93 operacionais e 33 viaturas.

O acidente obrigou ainda ao corte do trânsito na Avenida Amália Rodrigues, em Tires, à montagem de um perímetro de segurança e ao encerramento temporário do aeródromo de Tires, que reabriu às 14h20.

Uma extensa coluna de fumo ergueu-se por entre as casas da zona, com dezenas de pessoas a assistir às operações.

Ana Rodrigues, que mora a cerca de cem metros do local do acidente, estava no quintal a estender a roupa quando percebeu que algo não estava bem com uma aeronave que "dava piruetas no ar" de uma maneira pouco habitual.

"Achei estranho, não costumam fazer isso. Continuou a rodar e cheguei a pensar que ia cair no meu quintal, a direção era essa. Agarrei nos meus filhos e fugi para dentro", contou.

Ainda ouviu "um grande estrondo e depois outros dois" antes de voltar a olhar para fora, quando despontavam as chamas no parque de descargas do supermercado LIDL e da habitação atingida pelo incêndio provocado pela queda do avião.

Fonte do setor aeronáutico indicou à Lusa que o aparelho é um Piper, modelo Cheyenne II, bimotor.

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