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Financiamento de animais no El Corte Inglês gera revolta

Associação IRA insurge-se contra campanha do El Corte Inglês de financiamento para compra de animais de estimação.

Financiamento de animais no El Corte Inglês gera revolta
Notícias ao Minuto

15:54 - 30/03/17 por Notícias Ao Minuto

País Polémica

O El Corte Inglês lançou uma campanha de financiamento para a compra de animais de estimação, em que é dada ao cliente a possibilidade de comprar um animal pagando o seu preço durante 12 meses sem juros, em compras acima de 200 euros.

A campanha, contudo, não está a ser bem recebida pela população, especialmente por aqueles que se debatem pelos direitos dos animais e que contestam precisamente a venda de animais quando há tantos em canis em condição de serem adotados.

A associação IRA- Intervenção e Resgate Animal denuncia o caso, na sua página de Facebook, adjetivando-o de "vergonha", 

"Isto é promover o abandono dos animais e manter os que se encontram para adopção, nos canis municipais e associações", escreve, repudiando a campanha que "estimula a aquisição dos animais por facilitismo sem qualquer responsabilidade para com o mesmo e contraria a legislação em vigor, onde os animais deixam de ser "coisas".

À página de Facebook do El Corte Inglês chegaram também críticas de quem não quer acreditar que tenha sido criada uma campanha do género. "Estou em estado de choque", lê-se num comentário. "Se isto é verdade, é vergonhoso", lê-se noutro.

Em resposta às críticas, o El Corte Inglês diz "compreender a situação" e agradece a opinião.

"Assim, queremos reforçar que, no El Corte Inglés, tudo fazemos para garantir que os animais merecem sempre o melhor tratamento. De qualquer forma, no seguimento dos comentários que recebemos e que mereceram toda a nossa atenção, já estamos a tomar as devidas medidas. Neste momento, estamos a recolher este material de comunicação e a analisar a situação internamente", garante a loja no Facebook

Recorde-se que, a alteração do estatuto jurídico dos animais reuniu consenso de todas as forças partidárias e foi aprovada em dezembro do último ano no Parlamento.

Esta alteração, esclareceu na altura o PAN em comunicado, “não atribui personalidade jurídica tout court mas cria uma figura jurídica intermédia baseada na existência de um direito difuso”.

Ou seja, o direito civil português passa a regular “uma terceira figura jurídica, a par das pessoas e das coisas – a figura do animal, enquanto ser dotado de sensibilidade e objeto de relações jurídicas”.

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