A notícia ontem avançada pela SIC caiu como uma bomba. Tomás Correia entrava para a já longa lista de arguidos da Operação Marquês.

Porém, como se veio a verificar mais tarde a informação não estava correta, mas a confusão era compreensível.

Tomás Correia é arguido num processo que investiga factos relacionados com um financiamento, alegadamente ilegal, por parte do Montepio Geral quando era ele o banqueiro responsável.

Um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) acrescentava mesmo que o financiamento não só terá sido concedido pelo Montepio Geral, mas também pelo extinto Banco Espírito Santo (BES).

A confusão que se gerou ontem tem origem no facto de o processo no qual Tomás Correia é efetivamente arguido ter surgido após uma investigação que “teve início em 2016 numa certidão extraída da Operação Marquês”, como explica a PGR.

Mas perante esta situação, o banqueiro não se mostra preocupado, segundo as palavras do próprio. “Estou tranquilo relativamente ao desfecho destas e de outras acusações que me foram dirigidas”, garantiu ainda ontem.

Neste comunicado enviado às redações, Tomás Correia fez questão ainda de desmentir “categoricamente qualquer envolvimento com a referida Operação Marquês”.

O responsável pela Associação Mutualista Montepio Geral assegurou ainda que porá o seu lugar “à disposição se alguma vez se colocar a possibilidade de transitar em julgado algo a meu desfavor, em qualquer tribunal, por quaisquer atos ilícitos”.

Mas não vai acontecer, garante. “Estou profundamente convicto e seguro de que isso não vai acontecer”.

E face ao exposto, Tomás Correia sugeriu que as notícias de ontem não foram veiculadas por acaso. “Não é difícil contextualizar as notícias agora veiculadas, em véspera de realização da Assembleia Geral do Montepio Geral Associação Mutualista, a qual presido por mandato que me foi confiado pelos senhores associados para o triénio 2016-2018”, remata.