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Tem 12 km, liga Norte e Sul e é estrada para muitos. Sabe quem faz anos?

Falamos da Ponte Vasco da Gama, umas das maiores pontes do mundo. Depois de ser construída em 1998, é hoje para muitos a ligação preferida para visitar terras lisboetas.

Notícias ao Minuto

08:40 - 29/03/17 por Inês Esparteiro Araújo

País Ponte Vasco da Gama

É sem dúvida umas das obras portuguesas mais reconhecidas internacionalmente e foi inaugurada a 29 de março de 1998. Falamos-lhe da Ponte Vasco da Gama, a mais longa da Europa.

Com um comprimento de 12,3 quilómetros, visíveis por quem passa em Lisboa até de avião, foi na altura construída com o objetivo de tirar muito do trânsito da sua vizinha, a Ponte 25 de Abril. Além da muita mão de obra portuguesa, teve também a ajuda de franceses e ingleses, a equipa que após quase três anos de construção a conseguiu erguer.

Em conversa com o Notícias ao Minuto, o engenheiro Armando Rito, um dos portugueses envolvidos nos trabalhos, relembrou um episódio que na altura pensou que pudesse atrasar a sua inauguração, a “queda do cimbre da ponte principal, em que morreram várias pessoas”. “Este foi um episódio crítico que se temeu que pudesse colocar a obra em risco”, mas assim como podemos comprovar, tudo avançou dentro dos prazos previstos.

Esta obra teve uma particularidade que mais nenhuma tinha tido até então em Portugal: “A questão mais exigente foi a da resistência”, relembrou o engeheiro. Quer isto dizer que este foi o projeto em que exigiram a quem a construísse que a obra tivesse uma “durabilidade de 100 anos”.

Por palavras mais complicadas, em norma é exigido “um coeficiente de segurança” para os sismos de 1.5. E sabe qual é este número na Ponte Vasco da Gama? “4.5!”.

Financiada por fundos da União Europeia, empréstimos do Banco Europeu, portagens cobradas na Ponte 25 de Abril e de outros dinheiros provenientes de acionistas e de apoios do governo, todo o trabalho foi levado a cabo por um consórcio de quatro empresas, sendo que cada uma ficou responsável por uma secção diferente da travessia. “Não há uma paternidade evidente”, sublinhou o engenheiro.

Feita essencialmente de betão e aço, Rito contou-nos que houve uma especial preocupação que a ponte não fosse composta por 12 quilómetros retos e que tivesse “curvaturas em planta” para que os condutores não sofressem de “uma grande monotonia”, pois além de ser “mau para quem conduz, ficava feio esteticamente”.

Além de todos os aspetos da própria ponte, importa frisar que a Vasco da Gama atravessa 400 hectares das Salinas do Samouco, que “constituem uma importante área de nidificação para algumas espécies protegidas, como o Perna-Longa, a Andorinha-do-Mar-Anã”, pode ler-se no site da Lusoponte.

Assinado um acordo entre o governo português e a União Europeia que estabeleceu essa zona como uma área natural protegida, a Lusoponte também “implementou um programa de recuperação das salinas”. Isto incluiu, entre outras obras, a reparação de 43 comportas e a limpeza geral das salinas e valas. Além disso, foi também descoberta junto à área de serviço da ponte “uma estação do Paleolítico Médico”, onde foram encontrados inúmeros artefactos.

Recorde na galeria de imagens algumas fotografias do momento da construção da Ponte Vasco da Gama e veja com mais atenção como se encontra agora.

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