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Associação de apoio ao deficiente mental tem 180 em lista de espera

Uma associação de apoio ao deficiente mental de Matosinhos tem uma lista de espera de 180 indivíduos e pediu já autorização da Segurança Social para abrir uma casa de autonomização no Porto, destinada a cinco dos seus 27 utentes.

Associação de apoio ao deficiente mental tem 180 em lista de espera
Notícias ao Minuto

09:18 - 17/03/17 por Lusa

País Matosinhos

"Apesar dos esforços havidos para encontrar respostas para o problema da doença mental" a instituição "tem uma lista de espera de 180 indivíduos, dos mais variados pontos do país", contou à Lusa Paulo Lopes, presidente da Associação de Apoio à Juventude Deficiente (AAJUDE).

Criada em 1982, a AAJUDE começou por ter instalações perto da Praça do Marquês, no Porto, albergando então "20 utentes, entre os que residiam e os que frequentavam o Centro de Atividades Ocupacionais", sendo nesse espaço "hoje recuperado", que a instituição quer criar uma casa de autonomização.

"Queremos instalar nela os cinco nossos utentes com mais capacidades para que à noite e ao fim de semana possam ser autónomos na gestão da casa e iniciem o seu processo de inserção social que os conduza, por exemplo, ao mercado de trabalho", explicou o responsável.

Em 2013 a AAJUDE mudou-se para Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, onde dispõe de instalações que reúnem um lar residencial e um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO).

"Temos contratualizado com a Segurança Social, 24 utentes no lar residencial e 27 no CAO, sendo que a nossa capacidade ainda não está esgotada", disse o diretor da associação que há dois meses apresentou o pedido à Segurança Social para a abrir no Porto uma casa onde os utentes possam ser mais autónomos.

Em 2013 a AAJUDE "investiu 1,6 milhões de euros " na construção do atual edifício de Matosinhos e que hoje serve utentes de ambos os sexos, com idades entre os 24 e 60 anos.

O projeto foi então comparticipado em 75% por Programa Operacional Potencial Humano (POPH), tendo sido os restantes 25% suportados pela associação e pela Câmara de Matosinhos.

Os utentes, no âmbito do CAO, dispõem de um variado leque de opções, que vai dos trabalhos manuais ao desporto e a uma horta pedagógica, passando pela informática, a hipoterapia e até ao surf ou ao golfe.

Duas vezes vencedores do prémio BPI Capacitar pelos projetos da horta pedagógica e do surf, a AAJUDE "mantém a vontade de inovar", sublinhou Paulo Lopes, destacando a celebração de um protocolo com a Guarda Nacional Republicana (GNR) do Porto.

Dessa parceria resultaram visitas dos militares à instituição "acompanhados de cães da Brigada de Minas e Armadilhas, de cavalos, e no Dia de Carnaval a Banda da GNR do Porto atuou na AAJUDE para os nossos utentes", relatou.

"Mas também já cá vieram proporcionar uma gincana e os nossos utentes visitaram o Quartel do Carmo, no Porto", salientou o presidente.

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