Operação Marquês: "Não se pode investigar milhões com migalhas e tostões"
O candidato à Câmara de Matosinhos considera que justiça portuguesa tem muito pouca credibilidade.
© Joaquim Jorge
País Joaquim Jorge
Joaquim Jorge, com o exemplo na investigação que envolve José Sócrates, afirma que “é muito difícil fazer-se justiça em Portugal”, sobretudo quando os envolvidos têm um elevado poder económico que “permite ter meios sofisticados e avançados muito superiores a quem combate este tipo de crimes”.
Em consequência disso, considera, o poder judicial fica com a sua “dignidade e credibilidade em causa”. E com isto “o descrédito da democracia é total” e as “consequência dramáticas”.
“Não se pode investigar milhões com migalhas e parcos tostões. Há aspetos operacionais em determinadas ações que exigem meios, isto é, verbas para que se crie essas condições. De outro modo, quem comete crimes de colarinho branco fica-se a rir das ações desenvolvidas pela polícia”, escreve Joaquim Jorge.
O fundador do Clube dos Pensadores considera ainda que a sociedade portuguesa está angustiada com a falta “de respostas rápidas” e à incapacidade de, nestes processos, “se ir por dentro, limpar, polir, dar honra às instituições”.
“A justiça em Portugal goza de pouco ou nenhum prestígio”, refere o candidato a Matosinhos, defendendo, por fim, “que precisamos de uma legislatura que resolva a corrupção no nosso país”.
As declarações de Joaquim Jorge surgem a propósito de “todo o espetáculo mediático [de José Socrates] e as suas declarações à saída do DCIAP, contrastando com o silêncio dos juízes que não podem prestar declarações”.
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