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Sócrates já saiu do DCIAP. "As alegações são absurdas"

Terminou o interrogatório a José Sócrates. O arguido da Operação Marquês saiu há instantes do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Sócrates já saiu do DCIAP. "As alegações são absurdas"
Notícias ao Minuto

21:09 - 13/03/17 por Goreti Pera

País Operação

José Sócrates acabou de sair do Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, onde esteve a ser interrogado durante cerca de seis horas no âmbito da Operação Marquês.

À saída, o antigo primeiro-ministro - indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais - disse-se surpreendido por não ficar a conhecer “nada” além do que já havia sido conhecido anteriormente.

“Julguei que esta era a última oportunidade para o Ministério Público apresentar elementos e prova que pudessem sustentar as alegações. Fiquei espantadíssimo porque o Ministério Público não foi capaz de apresentar nada a não ser uma escuta aqui, uma escuta ali”, afirmou aos jornalistas.

“Tudo o que ouvi, os senhores jornalistas já tinham referido”, sublinhou o arguido, dando a garantia de que as suspeitas que sobre si recaem são “absolutamente absurdas e injustas”.

“A alegação de que o governo teria influenciado para que a OPA da SONAE não tivesse tido sucesso é absurda. [O ‘não’ da Caixa] não foi decisivo”, garantiu, atirando: “Ao contrário das convicções que vocês transmitem [jornalistas] obedientemente, do que vocês dizem aos portugueses, que é que o voto da Caixa foi decisivo. Isso é mentira, pura e simplesmente”.

Mais, prosseguiu: “Não poderia ser decisivo pela simples razão de que os acionistas votaram de acordo com o seu interesse. O governo manteve-se sempre neutral”, justificou.

Já no que toca à venda da VIVO, disse José Sócrates que a “tese geral” é de que ele próprio “teria sido corrompido para tomar uma decisão contra os interesses de Ricardo Salgado”. Contudo, alega, a venda “concretizou-se quando nós tivemos a garantia de que a PT não sairia o Brasil, porque nós vetamos o negócio da venda da VIVO para impedir que revertesse apenas em dividendos para o bolsos os acionistas”.

Terminado o interrogatório, José Sócrates diz-se convicto de que o Ministério Público “não pode fundamentar em factos nem em provas” as suspeitas que sobre si recaem. “Eu saí daqui com a convicção seguinte: Ao fim de três anos e meio, 44 meses depois, eles não têm nenhuma prova”, rematou.

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