Justiça "incomodou muita gente poderosa, há uns anos era impensável"

Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores, acredita que a Justiça portuguesa, embora ainda com muitas arestas a limar, está no caminho certo.

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Anabela de Sousa Dantas
10/03/2017 11:38 ‧ 10/03/2017 por Anabela de Sousa Dantas

País

Joaquim Jorge

No que diz respeito à comparação da Justiça com as demais instituições, Joaquim Jorge sublinha que esta “não funciona tão mal, apesar de passar essa imagem”.

“A justiça apesar de ser uma máquina lenta, enferrujada e anquilosada, acaba sempre por levar os recursos até ao fim e produzir uma sentença que pode ser de absolvição ou de condenação. É constantemente atacada e criticada mas toma sempre uma decisão, seja ela qual for: arquivamento, julgamento, absolvição ou condenação”,frisa.

Para Joaquim Jorge é digno de nota que “muita gente poderosa, com interesses, incluindo políticos” tenham “sido incomodados pela justiça portuguesa”. “Há uns anos tal seria impensável”, indica.

O fundador do Clube dos Pensadores sublinha que “em Portugal há um grande nível de corrupção política” e que por cada passo tomado pela Justiça “há logo um coro de opinadores e de protestos, muitas vezes sem conhecerem as leis”.

“Cada um deles diz o que pensa de acordo com os seus interesses partidários e amizades”, critica, esclarecendo que “uma justiça que é capaz de levar ao banco dos réus ministros, banqueiros, empresários e altos políticos, tendo em conta os meios que possui e a pressão contrária, é de louvar e enaltecer”.

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