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Festa de Póvoa de Lanhoso sem carrosséis. Câmara "não quis" ajudar

A edição 2017 das Festas Concelhias de Póvoa de Lanhoso "não vai ter carrosséis", porque a câmara "não quis" ajudar os empresários a pagar as taxas, disse hoje o presidente da Associação de Proprietários de Equipamentos de Diversão (APED).

Festa de Póvoa de Lanhoso sem carrosséis. Câmara "não quis" ajudar
Notícias ao Minuto

15:15 - 09/03/17 por Lusa

País APED

Segundo o presidente da associação, Luís Paulo Fernandes, a APED vai "de imediato" acionar um fundo monetário que tem no banco para "ressarcir" os seus associados dos prejuízos decorrentes da não presença nas festas.

"Por causa de uns 3.000 ou 4.000 euros, a Câmara de Póvoa de Lanhoso abdica de ter nas festas os carrosséis e outros divertimentos", criticou, sublinhando que o "boicote" vincula apenas os associados da APED.

De manhã, os empresários do setor manifestaram-se em Póvoa de Lanhoso e "depositaram" nos Paços do Concelho sacos com fichas e bilhetes.

A ideia, explicou Luís Paulo Fernandes, era que a câmara adquirisse as fichas e os bilhetes, pagando um valor igual ao que os empresários iriam pagar pelas taxas de ocupação nas festas concelhias.

As fichas poderiam depois ser distribuídas pelas instituições e pela população em geral.

"A câmara não quis e nós não vamos marcar presença na festa", adiantou Luís Paulo Fernandes.

Os empresários da diversão têm vindo a manifestar-se contra a manutenção do IVA do setor nos 23%.

"Com o IVA que pagamos, o que nos sobra após cada festa é igual a nada", disse ainda o dirigente da APED.

Para Luís Paulo Fernandes, "não se compreende" que as câmaras "ajudem" artistas, empresários de ornamentações e outros participantes nas festas, mas "deixe de fora" as diversões.

"Nós também fazemos parte da festa, da tradição e da cultura", acrescentou.

A Câmara de Póvoa de Lanhoso emitiu, entretanto, um comunicado, em que refere que lhe foi solicitado que isentasse os associados da APED no âmbito da sua presença nas Festas do Concelho.

"A autarquia não pode ter regimes de exceção, contrariando os regulamentos em vigor e que são aplicados a todos os agentes económicos. Seja no âmbito das festas do concelho, seja ao longo do ano, em que por várias vezes licenciamos a ocupação da via pública para a promoção de atividades económicas", sublinha o comunicado.

A 21 de fevereiro, os empresários da diversão manifestaram-se em Lisboa para exigir voltar a ter alvarás de cultura, o que permitiria descer o IVA de 23% para 13%.

No entanto, o Governo recusou a descida do IVA até ao próximo Orçamento do Estado, o que levou o presidente da APED a ameaçar com um boicote às feiras nacionais.

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