Com capacidade para 297 embarcações de oito a 25 metros, a estrutura representava inicialmente um investimento inicial de 29,7 milhões de euros.
Segundo dados oficiais, a obra teve um custo de 51,2 milhões de euros, mas os partidos da oposição contestam o número e apontam para mais de 100 milhões de euros.
A inoperacionalidade do empreendimento está ligada a eventuais erros técnicos da empresa projetista, à forte ondulação e às marés vivas naquela zona, bem como à queda de pedras das escarpas sobranceiras à marina.
O CDS-PP e o JPP foram os partidos que solicitaram, em 2016, a constituição de uma "Comissão eventual de inquérito à Marina do Lugar de Baixo" para apuramento da responsabilidade política pela decisão de construir a marina naquela zona, quando inicialmente tinha sido indicada outra localização.
A marina foi sendo sucessivamente destruída pelo mau tempo, até que o Governo Regional de Miguel Albuquerque, que tomou posse em 2015, decidiu abandonar qualquer projeto de recuperação, optando por deixar a obra ao abandono.
Em 2012, o vice-presidente do XI Governo Regional e mentor da criação das Sociedades de Desenvolvimento, João Cunha e Silva, reconheceu que a marina fora "um erro".
Ainda assim, o executivo de Jardim continuou a injetar dinheiro na empreitada até ao final do seu mandato, a 12 de janeiro de 2015.
Antes de abandonar a governação, o ex-presidente do Governo Regional da Madeira Alberto João Jardim declarou que a marina foi "o único azar" que teve em 4.839 inaugurações.