Plataforma online reúne cerca de 400 dados sobre Lisboa. Câmara quer mais
A plataforma online criada pela Câmara de Lisboa com dados abertos sobre a cidade já conta com 357 conjuntos de dados, distribuídos por 18 grupos e provenientes de 11 organizações, mas a autarquia quer incrementar estes números.
© Reuters
País Lisboa
"Já existem cerca de 400 dados sobre a cidade [no portal], alguns dos quais com georreferenciação, mas há necessidade de aumentar este número", disse à agência Lusa o vereador dos Sistemas de Informação, Jorge Máximo.
Criado em fevereiro do ano passado, o portal Lisboa Aberta agrega dados sobre temas como a Economia e Inovação (73 dados), o Planeamento Urbano (54), a Cultura e Património (29), a Mobilidade (25), o Ambiente (24) e a Habitação e Desenvolvimento Social (23), entre outros.
A principal fonte é a Câmara (incluindo os serviços e as empresas do universo municipal), que vai agora disponibilizar "um conjunto de dados" sobre áreas como a proteção civil, a publicidade, o espaço público e os idosos, indicou Jorge Máximo.
Aos dados municipais acrescem os que provêm de "entidades externas, mas com importância na cidade", referiu o autarca.
Ao todo, as 20 entidades parceiras (das quais fazem parte o Turismo de Portugal, a Associação Turismo de Lisboa, a ANA - Aeroportos de Portugal, as Infraestruturas de Portugal, o Instituto Nacional de Estatística, a Galp Energia, a Meo e a EDP - Energias de Portugal, entre outras) disponibilizam 70 conjuntos de dados.
Em preparação estão parcerias com a Brisa, a Agência Portuguesa do Ambiente - APA, a Autoestradas do Atlântico e o Instituto Hidrográfico.
O vereador assinalou que também aqui será feito um esforço para aumentar o número de dados e aludiu a indicadores que serão incorporados na plataforma sobre consumos, temperatura, previsão das marés, contadores de tráfego, entre outros.
Estas medidas enquadram-se no Plano de Dados Abertos para a Cidade de Lisboa 2017, que estará em apreciação na reunião pública de quarta-feira.
Falando à Lusa a propósito do documento, Jorge Máximo assinalou que a publicação destes dados - municipais e de entidades privadas - permite "mostrar, de forma transparente, como é que a cidade vive".
"Consideramos que esta é uma estratégia fulcral, ainda para mais quando estamos numa era cada vez mais digital", defendeu.
O plano, que define as atividades a pôr em prática durante este ano, reflete também uma "mudança de posicionamento" da Câmara de Lisboa.
"Como capital do país, deveríamos estar muito mais à frente do que estamos", admitiu Jorge Máximo, realçando que a autarquia está a "tentar mudar o paradigma" ao adotar os princípios "da partilha e da transparência".
O vereador adiantou que "muito em breve" será lançado um outro portal para "promover a participação" e facilitar "a interação do cidadão com a Câmara".
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