Dono da empresa de segurança SPDE confiante em poder provar inocência

O advogado de Eduardo Silva, um dos 54 arguidos da denominada Operação Fénix, disse hoje, à entrada do tribunal, acreditar na possibilidade de provar a inocência do dono da empresa de segurança privada SPDE, também arguida no processo.

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© iStock/Getty Images

Lusa
15/02/2017 12:37 ‧ 15/02/2017 por Lusa

País

Defesa

"Considero que há algumas hipóteses, e por essas vamos lutar, de demonstrar que a acusação não tem razão", disse o advogado Artur Marques à entrada do quartel dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, onde decorre hoje a primeira sessão do julgamento.

O advogado, que pretende uma "absolvição" de Eduardo Silva, confirmou ainda que o arguido, acusado de crimes de associação criminosa, exercício ilícito da atividade da segurança privada e posse de arma proibida, "vai falar" em tribunal".

Eduardo Silva está indiciado de, a coberto da atuação legal da sociedade SPDE -- Segurança Privada e Vigilância em Eventos, ter montado uma estrutura que, com recurso à força e à intimidação, lhe permitiu dominar a prestação de serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna em vários pontos do país.

A Operação Fénix é um processo ligado à utilização ilegal de seguranças privados. Além das acusações de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada e posse de arma proibida, o julgamento envolve crimes de extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física grave, agravadas pelo resultado, tráfico e favorecimento pessoal.

O advogado de Eduardo Silva esclareceu ainda que vão ser ouvidos hoje os arguidos que "pretenderem prestar declarações", embora "não necessariamente pela ordem da acusação", para "tornar o julgamento mais expedito", e considerou que as medidas de segurança em torno da sessão, com dezenas de agentes policiais, "transcendem" o necessário.

Outro dos arguidos presentes em Guimarães é o presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, que, segundo despacho de pronúncia do juiz Carlos Alexandre, datado de abril de 2016, vai a julgamento por sete crimes de exercício ilícito da atividade de segurança privada.

Nem o dirigente desportivo, nem o seu advogado, Gil Moreira dos Santos, prestaram declarações a antecipar o julgamento, em que o antigo administrador da SAD (Sociedade Anónima Desportiva) portista, Antero Henrique, também se conta entre os arguidos.

Outros advogados presentes queixaram-se igualmente do excesso de segurança em torno da sessão de abertura do julgamento da Operação Fénix.

Carvalho Bessa, responsável pela defesa de Nuno Gonçalves, Daniel Cortês e Jorge Trigo, três arguidos da zona do Vale do Sousa, considerou também um "exagero" o número de polícias.

Já Fernando Moura, advogado de José Pinto Dias disse não existir razão para o "aparato" montado.

Três dos arguidos faltaram hoje à sessão, entre eles Antero Henriques, antigo administrador da SAD portista.

 

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