“Os Verdes” entregaram hoje na Assembleia da República um projeto de resolução, no qual defendem a criação daquele plano de prevenção, alegando que embora as informações existentes sejam “sustentadas e credibilizadas”, não geram “eficácia na obtenção de resultados”, nem ao nível de quem tem o poder de intervir, nem ao nível da população, que deve estar bem informada.
Este partido (PEV) considera que face à presença do mosquito transmissor de dengue (Aedes aegypti) detetado em território nacional (Madeira) e à necessidade de combater os efeitos da sua presença, é necessário impedir a introdução do mosquito noutras zonas do território nacional.
“Tendo em conta os conhecimentos que hoje existem sobre a doença e as formas de a combater e prevenir, o PEV entende que se tornou um imperativo a criação de um Plano Nacional de Prevenção de Dengue, que inclua diretrizes, para as mais diversas entidades, para os variados setores, bem como para a população em geral, sobre todas as medidas e condutas a adotar para prevenir e combater a doença”, sublinha.
Considerando que desde que o mosquito foi detetado na Madeira (em 2005), poderiam ter sido adotadas “ações eficazes e continuadas para de combater o vetor e promover uma vigilância epidemiológica”.
O PEV lembra que quantos mais mosquitos existirem, maior a probabilidade de ocorrerem infeções, pelo que é necessário controlar o seu crescimento, evitar o alastramento deste mosquito a outras zonas de Portugal e impedir que se importe um segundo serótipo do mosquito Aedes, dos três existentes no mundo.
Uma população bem informada, que se possa proteger e ser protegida através da prevenção, é também fundamental, segundo os ecologistas.