Argentina quer extradição de dois homens procurados na América do Sul

Autoridades argentinas vão avançar com pedido de extradição de dois criminosos apanhados por assaltos a bancos em Portugal, mas que tinham na Argentina um curriculum ainda mais violento.

Detidos em Portugal dois dos homens mais procurados da América do Sul

© Reprodução/Perfil.com

Pedro Filipe Pina
06/02/2017 08:25 ‧ 06/02/2017 por Pedro Filipe Pina

País

Casos

Por cá, eram procurados pelas autoridades por assaltos a bancos levados a cabo entre 2014 e 2016. Foram presos em novembro do ano passado, com a PJ a anunciar que havia desmantelado uma estrutura criminosa “bastante violenta”, que atacava bancos na Grande Lisboa.

O grupo apanhado na altura era de cinco homens mas alguns apresentaram nacionalidades falsas. Foi o caso de Rodolfo ‘Ruso’ José Lorhman (na imagem), que se apresentou como búlgaro, e de José ‘Potrillo’ Maidana, que se apresentou como guatemalteco, conta o diário argentino Perfil.

Na verdade, os dois homens eram da Argentina e faziam parte da lista de dez homens mais procurados da América Latina. O Brasil, o Paraguai e a Argentina foram os três países onde levaram a cabo sequestros, tendo havido casos em que, mesmo com a família a pagar o resgate, nunca houve mais notícias da vítima.

É o caso de Cristian Schaerer, jovem de 21 anos que desapareceu em 2003 e que nunca mais foi visto após o sequestro por parte do gangue liderado por Lorhman.

Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, citada pelo Diario Norte, já confirmou que as autoridades argentinas colaboraram com as portuguesas na identificação da identidade real dos dois suspeitos. Só agora se passou das suspeitas às certezas.

“Foi tudo feito em sigilo para não dar expectativas à família, porque conhecemos a sua dor, a dor da mãe [de Cristian]”, explicou a ministra, agora que as autoridades já têm a certeza de que foram apanhados os dois homens.

Da Argentina era já esperado um pedido de extradição. A mesma ministra confirmou que o caso já foi entregue a um juiz e que agora terá de ser visto pelas autoridades portuguesas.

Na perspetiva da governante argentina: Falta agora ver se “Portugal decide que cumpram a condenação pelo delito que cometeram em Portugal primeiro e depois os extraditam, ou se os extraditam pelo delito mais importante que cometeram, crime que foi cometido aqui na Argentina”.

O pedido oficial ainda não chegou mas ficará a cargo do juiz argentino Carlos Soto Dávila.

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