Marcelo surpreendido com exposição dedicada a Almada Negreiros
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou hoje a exposição 'José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno', na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em Lisboa, e afirmou-se "surpreendido com algumas facetas do intelectual e artista".
© Global Imagens
País FCG
Em declarações à agência Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, apesar de ser um conhecedor da obra do artista plástico, houve facetas que o surpreenderam e que desconhecia, nomeadamente a ligação ao cinema e à imprensa infantil.
O chefe de Estado prometeu voltar a visitar a exposição no dia 14, até porque, como afirmou durante a visita de perto de duas horas, esta é uma exposição "para se degustar".
Ao longo da visita, em que foi acompanhado pelo presidente do conselho de administração da fundação, Artur Santos Silva, o chefe de Estado foi interrompido por outros visitantes para o cumprimentarem e serem fotografados ao seu lado.
Numa destas situações pediu mesmo a Santos Silva para o fotografar junto de um jovem casal, alunos da Faculdade de Direito.
Durante a visita orientada pelas duas curadoras da exposição, a historiadora de arte Mariana Pinto dos Santos e a conservadora do Museu Calouste Gulbenkian, Ana Vasconcelos, Marcelo Rebelo de Sousa observou minuciosamente algumas das obras e várias vezes exclamou "é espantoso".
Em declarações à Lusa, no final da visita, o Presidente da República afirmou que "conhecia bastante bem, razoavelmente, a obra do Almada" Negreiros (1893-1970).
"Não foi tudo uma surpresa, mas foi uma surpresa a colaboração com a imprensa infantil, na parte humorística, no retrato quotidiano, como foi na praia de Moledo [no Alto Minho], a intervenção no cinema; havia vertentes que eu, francamente, não conhecia", afirmou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se interessado na "internacionalização" de Almada Negreiros, que tem "uma obra que merece ser mais conhecida no estrangeiro" e prometeu trazer à exposição todos os chefes de Estado que até 05 de junho, quando a mostra encerra, visitarem Lisboa, assim como convidar os embaixadores acreditados na capital portuguesa.
O chefe de Estado formulou ainda um "convite a todos os portugueses" para visitarem a exposição que não se cansou de elogiar, referindo-se a ela como "admirável" e "muito bem apresentada"
A exposição está organizada em oito núcleos temáticos, desenvolvendo "vários fios condutores, de modo a revelar os vários rostos deste artista da 'modernidade total', que marcou profundamente a arte portuguesa do século XX", segundo uma nota da FCG.
Todavia, os visitantes são recebidos logo à entrada por um mural que faz parte da arquitetura de interior da sede da FCG, de autoria de Almada, datado de 1968.
No final o Presidente da República recebeu de oferta um catálogo da exposição que fez questão de folhear e sobre o qual se referiu como "um tratado", tendo aproveitado o momento para elogiar o trabalho das curadoras.
A exposição "José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno", que abriu hoje ao público, acontece cerca de um quarto de século depois da última grande mostra dedicada ao artista do modernismo português, demonstrando a "inesgotável energia criativa de um autor que se expressou numa imensidade de linguagens artísticas, ao longo da vida", refere a FCG no comunicado de apresentação da mostra.
José de Almada Negreiros, natural de S. Tomé e Príncipe, deixou uma vasta obra de pintura, desenho, teatro, dança, romance, contos, conferências, ensaios, livros manuscritos ilustrados, poesia, narrativa gráfica, pintura mural e artes gráficas, cuja produção se estendeu ao longo de mais de meio século.
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