"Geração grisalha não pode asfixiar geração nova"
O antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, é favorável à aplicação da taxa adicional sobre as pensões que tanta celeuma tem suscitado, sustentando que os mais velhos têm de ajudar a suportar a difícil situação que o País atravessa, não podendo sobrecarregar os mais jovens.
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País Silva Lopes
“A geração grisalha não pode estar a asfixiar a geração nova da maneira como tem feito até aqui. Não pode ser. Eu sou pensionista, sou da geração grisalha, quem me dera a mim que não toquem nas reformas, mas tocam, vão tocar e eu acho muito bem. Não há outro remédio”.
As palavras, citadas pela Rádio Renascença, pertencem ao antigo ministro das Finanças, José Silva Lopes, que falava à margem de um debate sobre o Orçamento do Estado e a Constituição, advogando, pois que Portugal não mais pode "pendurar-se nos jovens", atendendo, sobretudo, ao perfil demográfico do País.
Refira-se que a taxa adicional que o Governo quer tributar aos pensionistas, no âmbito da convergência entre a Caixa Geral de Aposentações e o regime geral da Segurança Social, tem levantado muitas dúvidas, sobretudo no que à sua constitucionalidade diz respeito. E também o economista considera que a medida corre o risco de não passar no crivo do Palácio de Ratton.
Ainda assim, Silva Lopes é peremptório: “Sou a favor da contribuição de solidariedade social, sou a favor desta taxa que o Governo agora promete e que, se calhar, também vai ser declarada inconstitucional".
Por fim, remata o ex-responsável pela pasta das Finanças, em jeito de recado: “Se nós temos a Constituição e a interpretação do Tribunal Constitucional a impedir estas coisas, isto rebenta tudo”.
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