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"Ideal era Governo durar uma legislatura. E líderes da oposição também"

Marcelo Rebelo de Sousa comemora esta terça-feira um ano à frente da chefia do Estado.

"Ideal era Governo durar uma legislatura. E líderes da oposição também"
Notícias ao Minuto

21:30 - 22/01/17 por Carolina Rico

Política Marcelo

A primeira grande entrevista televisiva de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto Presidente da República, na antena da SIC, abre com a descida da TSU.

Sobre o facto de o PSD já ter anunciado que esta quarta-feira votará contra a medida, o Presidente defende que "o partido líder da oposição é livre de votar como queira".

Pessoalmente, diz concordar com a descida da TSU em 1,25 pontos percentuais, até porque "era um sinal para as empresas, IPSS, misericórdias em termos de investimento privado."

Sobre a subida do salário mínimo, ressalvando que ainda não houve apreciação parlamentar nesse sentido, Marcelo disse que "está por provar que o efeito útil não possa ser atingido pela via do diploma ou por outra via, porque muitas empresas sofrem consequências".

E a solução encontrada para o Governo, veio para durar? "É muito importante que um Governo seja forte, o mais forte possível. Depende dos parceiros na Assembleia da República. O que posso desejar é que afirmem essa vontade. E que o governo tenha condições para governar".

Por outro lado, "é fundamental que a oposição seja forte. É sempre preferível ter dois polos de alternativa. A oposição deve ser forte. O ideal era que o Governo durasse uma legislatura e que as lideranças da oposição durassem também uma legislatura. Por isso é que não formulo juízos sobre um ou outro".

Dizendo-se, como habitual, um "otimista realista", Marcelo destaca os números favoráveis da economia. Preocupa ao Presidente, sobretudo, o consumo privado.

"Já exigi um crescimento muito maior", diz, perante as previsões que apontam uma subida na casa dos 1,7%. Mas também há que "diminuir o défice, aumentar poupança ir reestruturando pacificamente a dívida, em montante e juros".

Quatro aspetos a reter sobre o Novo Banco: "Não se pode partir"; "não se pode estragar a saída do procedimento por défice excessivo"; "tem que ser aceite pelo BCE"; "deve sacrificar o menos possível os outros bancos".

Já a CGD "não levantou dúvidas" nem ao primeiro-ministro nem ao Presidente. "Não foi considerado ajuda de Estado [na recapitalização], era impensável. Foi ultrapassado.".

Sobre Ricardo Salgado, arguido na Operação Marquês, Marcelo destaca a importância da celeridade da Justiça - "Se só o fizer quando os suspeitos estão mortos, é um sistema de justiça que não consegue dar resposta em tempo útil - e vê-se numa situação muito complicada".

Volvido um ano de mandato, como é a vida de Marcelo na Presidência? Solitária? "Não me falta apoio", garante. 

Até agora as pessoas "não se cansaram" de ter um Presidente "hiperativo", mas nota: não tão hiperativo como foi Mário Soares.

O tempo, garante Marcelo, chega para estar com os netos, nadar e continuar a fazer as compras no mesmo supermercado.

Só em 2020 decidirá, contudo, se pretende avançar com uma recandidatura. Até porque preferia um mandato de seis ou sete anos em vez do que agora se verifica, de cinco anos. "No momento em que convocar as eleições direi se sou candidato ou não", diz. 

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