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Descoberta de novas proteínas é nova ajuda à saúde dos pinheiros

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC), liderada por Joana Cardoso, descobriu novas proteínas envolvidas na patogenicidade do nemátodo da madeira do pinheiro, foi hoje anunciado.

Descoberta de novas proteínas é nova ajuda à saúde dos pinheiros
Notícias ao Minuto

10:52 - 16/01/17 por Lusa

País Universidades

A descoberta constitui "mais um passo importante para a compreensão da doença da murchidão do pinheiro" (Bursaphelenchus xylophilus), afirma a UC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Ao longo de três anos, "os investigadores estudaram duas espécies de nemátodes muito próximas: B. xylophilus, causadora da doença, e B. mucronatus", esta "uma espécie com características morfológicas e ecológicas semelhantes às de B. xylophilus, mas que não é patogénica", adianta a UC.

Reproduzindo em laboratório as condições do ambiente natural, os especialistas quantificaram e compararam as proteínas (enzimas) produzidas naturalmente pelas duas espécies de nemátodes e libertadas para o meio envolvente.

A equipa de investigadores descobriu que "a espécie B. xylophilus liberta uma quantidade muito maior de determinadas proteínas em comparação com B. mucronatus, podendo ser esta a causa para a sua patogenicidade", admite Joana Cardoso.

Ou seja, "o aumento da secreção destas proteínas é responsável pela destruição das células do pinheiro e consequente morte da árvore" explica a investigadora, citada pela UC.

"Das 422 proteínas quantificáveis nas duas espécies, 158 são libertadas em muito maior quantidade pela espécie B. xylophilus e que muito provavelmente estão relacionadas com a sua patogenicidade", esclarece Joana Cardoso.

Esta nova informação, "além de contribuir para desvendar os mecanismos envolvidos na doença da murchidão do pinheiro, será de grande utilidade para o desenvolvimento de novas estratégias de controlo do nemátode da madeira do pinheiro que constitui uma ameaça à economia europeia".

Os investigadores vão agora caracterizar e estudar a função destas "158 proteínas que são libertadas em maior quantidade, selecionar as mais relevantes e estudar formas de as silenciar, isto é, de bloquear a sua função", refere a a UC.

O estudo, já publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature (http://www.nature.com/articles/srep39007), resulta de uma colaboração entre investigadores do Laboratório de Nematologia do Centro de Ecologia Funcional e da Unidade de Genómica e do Laboratório de Espectrometria de Massa Aplicado às Ciências da Vida do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC.

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