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Condenado por pedofilia escolhido para liderar escolas

Um professor de 50 anos, condenado por dois crimes de abuso sexual de menores, foi nomeado director de um Agrupamento de Escolas da zona da Grande Lisboa, avança o Expresso. Questionado sobre o assunto. O Ministério da Educação, responsável por esta escolha, garante que não sabia da condenação.

Condenado por pedofilia escolhido para liderar escolas
Notícias ao Minuto

09:45 - 11/05/13 por Notícias Ao Minuto

País Lisboa

O Ministério da Educação nomeou para o cargo de presidente da Comissão Administrativa Provisória um professor condenado por pedofilia, que chegou a estar preso preventivamente. Questionado sobre o assunto, o Ministério afirma não ter conhecimento da condenação, acrescentando que a pena não consta do processo profissional do docente.

O julgamento remonta a 2006 e, de acordo com o mesmo, três anos antes o professor entrou, após uma aula de natação na piscina de Benfica, para uma cabine de chuveiro onde estava um adolescente.

Segundo o acórdão do tribunal, o docente perguntou-lhe quantos anos tinha e o jovem respondeu “treze”. “Já tens idade para brincar”, respondeu o professor, agarrando no pénis do adolescente. A vítima fugiu e contou a história ao guarda da piscina, que não acreditou. Dois dias depois é o próprio guarda que apanha o professor a tocar de forma sexual no aluno, novamente na cabine de duche.

O professor foi detido quase um ano depois e, interrogado pelo juiz, alegou estar inocente e tudo não passar de uma “fantasia” do rapaz. Apresentou um alibi para não ter estado sequer na piscina nesse dia, no entanto a sua justificação não foi considerada credível.

Após três meses de prisão preventiva foi, então, condenado a três anos de cadeia, mas os juízes preferiram aplicar antes cinco anos de pena suspensa, alegando que o professor não tinha cadastro anterior e que estava bem inserido na sociedade.

“Bastará a ameaça da ameaça de uma pena de prisão efectiva para prevenir a repetição do crime”, refere o acórdão, citado pelo Expresso.

Na época, o tribunal não decretou o seu afastamento do ensino e não houve lugar a qualquer processo disciplinar do Ministério da Educação, que diz agora nem sequer ter conhecimento do caso.

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