Em comunicado, o reitor da Universidade do Porto recordou que Daniel Serrão foi "um brilhante estudante da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto", instituição onde se viria a afirmar "como um dos professores de maior destaque (...) quer pela sua obra científica, quer pela sua vasta intervenção pública em prol dos valores humanistas".
"O seu trabalho científico na área da Bioética é, aliás, justamente reconhecido internacionalmente, tendo sido um dos primeiros professores de Medicina em Portugal a dedicar-se ao debate em torno das questões éticas da profissão. O seu desaparecimento seria, por isso, uma perda irreparável para a Universidade do Porto, em particular para a sua Faculdade de Medicina, não fosse o facto do prof. Daniel Serrão ter deixado um legado perene em toda a academia", acrescentou Sebastião Feyo de Azevedo.
O nome de Daniel Serrão ficará "para sempre ligado à formação de brilhantes gerações de médicos e investigadores científicos na Universidade do Porto", mas o reitor da instituição académica salientou que "será, porventura, o seu humanismo, a sua humildade e a sua relação de proximidade com estudantes e colegas pelo qual o prof. Daniel Serrão mais será recordado na comunidade académica".
O médico português Daniel Serrão morreu hoje de madrugada, aos 88 anos, vítima de problemas respiratórios decorrentes ainda de um atropelamento que sofreu há mais de dois anos, disse hoje à Lusa fonte familiar.
O velório decorre hoje na Igreja da Lapa, entre as 16:00 e as 20:00, e o funeral realiza-se na segunda-feira pelas 09:45, saindo da mesma Igreja, disse à Lusa o filho Manuel Serrão.
Manuel Serrão manifestou ainda o desejo de que seja "respeitada a natureza privada dos atos fúnebres".