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Oito mortos em acidentes em passagens de nível em 2012

Oito pessoas morreram em passagens de nível nas linhas ferroviárias portuguesas no ano passado, em acidentes causados, na sua quase totalidade, por desrespeito das regras de segurança, segundo dados da Rede Ferroviária Nacional (REFER).

Oito mortos em acidentes em passagens de nível em 2012
Notícias ao Minuto

07:37 - 07/05/13 por Lusa

País Refer

Hoje, Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível, a REFER chama a atenção para os cuidados a ter no atravessamento de passagens de nível, com acções de sensibilização nas linhas do Norte (Coimbrões), Cascais (Lisboa - Rocha do Conde de Óbidos) e Algarve (Marina de Faro).

"Há cinco anos que a REFER assinala este dia, porque as passagens de nível continuam a ser um problema que enfrentamos", disse à agência Lusa a porta-voz da REFER, Susana Abrantes.

Segundo dados da empresa, no ano passado foram registados 25 acidentes em passagens de nível, dos quais 16 foram colisões e nove colhidas. Estes acidentes provocaram oito acidentes mortais, o dobro dos registados em 2011.

Em 95% dos casos, ainda de acordo com a REFER, houve "transgressão, imprudência, desrespeito ou incumprimento da sinalização" e uma "larga maioria" das vítimas foram "utilizadores regulares" destes atravessamentos.

Nos últimos 13 anos, a REFER suprimiu 1.460 passagens de nível, construindo 543 passagens desniveladas e 749 caminhos alternativos. Em 1999 existiam quase 2.500 passagens de nível, hoje são 877, sendo que a empresa extinguiu o maior número delas em 2003 - 282 - e no ano passado foram suprimidas apenas 15.

O investimento maior da empresa nesta área também foi em 2003, com um gasto de cerca de 70,2 milhões de euros, e o menor foi registado no ano passado, com cerca de sete milhões. No total, a REFER investiu cerca de 345 milhões de euros em passagens de nível desde 1999.

"Fixamos como meta até 2015 ter 25 acidentes ou menos em passagens de nível. Conseguimos, mas continua a ser uma luta de todos os dias, porque o objectivo final é zero acidentes e zero vítimas", sublinhou Susana Abrantes.

Hoje, e uma vez que os acidentes em passagens de nível continuam a representar a grande maioria dos incidentes nas linhas ferroviárias, a porta-voz da REFER indica que, além da supressão, é preciso "reforçar a segurança" destes atravessamentos.

"Reforçá-los com protecção, mitigar os factores de risco, incluir barreiras ou alterar o piso para redução de velocidade e continuar com as campanhas de sensibilização" são objectivos perseguidos pela REFER.

"É um trabalho contínuo que não se esgota", disse a porta-voz da empresa.

Relativamente a outros países europeus, Susana Abrantes admitiu que a sinistralidade está ainda "muito ligada aos comportamentos cívicos" das populações, nomeadamente o respeito pelas normas de segurança.

Entre as regras de segurança, a REFER sugere a certificação de que não se aproxima nenhum comboio ("Pare, Escute, Olhe") e que não se atravesse uma passagem de nível com as barreiras fechadas e/ou sinalização activa.

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