Funcionárias públicas detidas nos Açores ficam inibidas de funções

As duas funcionárias da administração pública regional açoriana detidas por suspeita de peculato, pelo alegado desvio de "pelo menos" cerca de 400 mil euros, ficaram inibidas de funções e proibidas de se ausentarem de São Miguel, foi hoje anunciado.

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Lusa
20/12/2016 13:12 ‧ 20/12/2016 por Lusa

País

PJ

As duas funcionárias da seção administrativa e financeira do Fundo Regional de Apoio à Coesão e ao Desenvolvimento Económico de Ponta Delgada, um organismo público sob tutela da Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, foram detidas na segunda-feira para interrogatório, na sequência de uma auditoria interna por suspeita de peculato.

Um comunicado da Polícia Judiciária (PJ) -- divulgado após um primeiro comunicado do Fundo Regional sobre as detenções - adianta que as detidas "foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicada as medidas coativas de inibição de funções e proibição de se ausentarem da ilha de São Miguel".

Segundo o Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da PJ, "as duas mulheres, funcionárias de um organismo público regional dos Açores", de 55 e 56 anos, são suspeitas da "prática continuada, durante os últimos sete anos, do crime de peculato".

"As detidas, aproveitando-se das suas funções profissionais e através de indevidas operações de tesouraria, com recurso a erróneas transferências bancárias, de forma articulada entre si, descaminharam de forma sucessiva e em seu proveito pelo menos um valor que andará próximo dos 400 mil euros", acrescenta a PJ.

A PJ adianta ainda que as detenções ocorreram no âmbito de uma investigação titulada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Ponta Delgada e que resultou na realização de buscas domiciliárias no concelho de Ponta Delgada, onde "foi possível detetar e apreender elementos com interesse probatório".

Num comunicado divulgado de manhã, o Fundo Regional revelou que, "na sequência da participação apresentada e das diligências das autoridades judiciais, e face ao indício de peculato, duas funcionárias da secção administrativa e financeira foram na segunda-feira detidas para interrogatório e demais averiguações que venham a ser consideradas necessárias pelas autoridades competentes".

Segundo a nota, foi mandada instaurar este ano uma auditoria interna pelo conselho diretivo do Fundo a vários processos administrativos, contabilísticos e financeiros, tendo sido "detetadas irregularidades que podem configurar a prática de ilícitos criminais".

No comunicado é referido ainda que, face ao resultado da auditoria e às suspeitas, foi apresentada queixa junto da Polícia Judiciária.

 

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