Homenagem no Meco, três anos depois. "Tenho parte da minha filha aqui"

Faz hoje, quinta-feira, três anos sobre a tragédia que ocorreu na praia do Meco, onde seis jovens universitários perderam a vida. Os pais deslocaram-se até à praia para uma homenagem e a mãe de Catarina falou à TVI sobre a falta de respostas.

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Notícias Ao Minuto
15/12/2016 16:51 ‧ 15/12/2016 por Notícias Ao Minuto

País

Tragédia

Foi esta quinta-feira anunciado que os pais dos jovens que morreram na praia do Meco, há três anos, vão avançar com ações cíveis contra João Gouveia, o único sobrevivente do incidente. Os progenitores reclamam da falta de respostas e querem pressionar o ‘dux’ a contar a sua versão dos eventos da fatídica noite de 15 de dezembro de 2013.

Decorre hoje também uma homenagem na praia do Meco aos seis alunos da Universidade Lusófona de Lisboa. A mãe de Catarina, uma das vítimas, falou às televisões sobre a dor que ainda persiste.

“Até hoje ninguém se aproximou de nós para nos dizer o que é que se passou naquela madrugada do dia 15 de dezembro de 2013”, indicou, acrescentando que, estando a queixa-crime arquivada, a única via legal passa a ser a ação cível.

Deve imaginar o que é duro para um pai pedir uma indemnização para um filho para que coloque aquele indivíduo a contar o que se passou aqui, para nos contar todas as dúvidas que temos, porque continuamos cheios de duvidas até hoje

A progenitora sublinha que João Gouveia já teve “mais do que tempo” para falar com eles e que “quem não deve, não teme”. “Agora eu é que estou a pagar, custas, advogados, para que aquele senhor, olhos nos olhos, possa contar a verdade ou mentir”, lamentou.

“Todos os dias faço filmes. Quem é que me diz que a minha filha já não estava morta ali à beira-mar? Que a minha filha não foi forçada a estar ali? A minha filha tinha medo de ondas, alguma vez eu acredito que a minha filha estava ali de livre vontade com ondas de 4 e 5 metros? Não. Alguma vez eu acredito que aquele senhor tenha sobrevivido àquilo que a minha filha não conseguiu sobreviver e os outros cinco jovens. Até o técnico tinha dito que nunca tinha visto nada parecido. Nem água nos pulmões tinha”, afirmou a mãe de Catarina.

Quando questionada sobre se visitava a praia todos os anos, a mulher respondeu: “É a única praia que piso. Porque tenho parte da minha filha aqui. Eu venho aqui e vou ao cemitério. Parte está aqui, parte esta no cemitério. Nunca mais pisei uma areia de uma praia”.

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