Ribeira Grande vai criar cheque veterinário para famílias carenciadas
A Câmara da Ribeira Grande, nos Açores, anunciou hoje a atribuição de cheques veterinários para animais de estimação de famílias carenciadas, de forma a garantir o acesso a consultas e tratamentos, medida que visa o bem-estar e saúde animal.
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Segundo adiantou à agência Lusa fonte da autarquia, a medida "deverá começar a ser implementada no início de 2017" e "foram aprovadas duas modalidades de cheque veterinário com limite máximo de aplicação em dois animais por agregado familiar".
De acordo com o município da costa norte da ilha de São Miguel, "serão disponibilizados 2.500 euros anuais para os cheques veterinários", para "apoiar cerca de 30 famílias" carenciadas residentes no município e detentoras de cães ou gatos de estimação.
Para acederem a este cheque, "as famílias devem ter os animais registados e licenciados na junta de freguesia da localidade", acrescentou a mesma fonte.
Uma nota de imprensa da autarquia explica que foram aprovadas "duas modalidades de cheque veterinário, vacinação/desparasitação e esterilização/tratamentos médicos referenciados".
A medida pretende "garantir o acesso gratuito a consultas e tratamentos médicos veterinários, nomeadamente vacinação, desparasitação, esterilizações e outros tratamentos médicos referenciados pelo médico veterinário municipal".
A Câmara da Ribeira Grande justifica a medida com "o crescente reconhecimento da importância dos animais de companhia para a qualidade de vida e os contributos para a estabilidade emocional".
O município, liderado por Alexandre Gaudêncio, alerta ainda que "a falta de tratamentos e cuidados podem constituir riscos para a saúde humana, para a saúde animal e para o ambiente, probabilidade que aumenta nas situações das famílias carenciadas".
"Neste contexto, o cheque veterinário garante que os animais sejam submetidos a adequadas medidas profiláticas e terapêuticas, devendo ser sujeitos a um acompanhamento médico veterinário em condições que garantam um nível qualitativo de atendimento aferido por padrões de equidade e consistência técnica e científica", sublinha a autarquia.
Para a Câmara, a medida contribui, também, para "prevenir o abandono e maus tratos por omissão de tratamentos essenciais ao bem-estar do animal, que se tem acentuado devido a fatores de carência económica".
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