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Pirataria agrava-se no Golfo da Guiné, diz ministro da Defesa

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, alertou hoje para o agravamento da pirataria e dos assaltos armados a navios no Golfo da Guiné, sublinhando a importância de capacitar os países da região para enfrentarem o fenómeno.

Pirataria agrava-se no Golfo da Guiné, diz ministro da Defesa
Notícias ao Minuto

20:47 - 02/12/16 por Lusa

País Azeredo Lopes

"O Golfo da Guiné é a zona do mundo onde atualmente se verificam mais episódios de pirataria e de assaltos armados a navios. Esse processo está a recrudescer e ainda não estamos a conseguir estancá-lo. É manifestamente uma questão muito importante para a região e importantíssima para a navegação internacional, por ser uma zona crucial na circulação marítima", disse.

Azeredo Lopes falava aos jornalistas no final da segunda reunião anual do grupo G7++ Amigos do Golfo da Guiné (G7++FoGG), que decorreu hoje na Cidade da Praia, assinalando o fim da presidência portuguesa.

O ministro da Defesa fez um balanço "francamente positivo" da liderança portuguesa do grupo, assinalando o facto de, pela primeira vez, a reunião ter decorrido fora de uma capital europeia.

Assinalou também as conquistas relativas a institucionalização do G7++ FoGG, um mecanismo que procura enfrentar "uma realidade que põe em causa a segurança regional e internacional".

"Passado este ano conseguimos que o grupo de amigos do golfo da Guiné tivesse dado um salto qualitativo rumo à estabilidade e à institucionalização", sustentou Azeredo Lopes.

Destacou igualmente o facto de Cabo Verde ter assumido, perante os representantes dos países-membros, a responsabilidade de vir a acolher um centro multinacional de coordenação da vigilância marítima.

"Cabo Verde assume uma responsabilidade muito importante e isso é crucial porque Portugal entende que o mais importante neste processo é capacitar os estados da região", considerou o ministro.

Azeredo Lopes sublinhou também a importância dos meios que Portugal tem disponibilizado para missões na região, adiantando que este ano foram destacados uma fragata e um navio hidrográfico, bem como um avião da Força Aérea.

O ministro da Defesa visita Cabo Verde hoje e sábado e além da participação na reunião G7++Amigos do Golfo da Guiné, tem encontros com as autoridades cabo-verdianas com que irá discutir o próximo quadro de cooperação técnico-militar entre os dois países, a vigorar até 2020.

"Vamos ouvir a parte cabo-verdiana e vamos ver de que maneira podemos corresponder aquilo que Cabo Verde pretende. Toda a componente da segurança marítima é uma área fundamental para nós e tem sido também uma opção fundamental de Cabo Verde", disse Azeredo Lopes.

Lembrando a "longuíssima tradição" de cooperação técnico-militar entre Portugal e Cabo Verde, Azeredo Lopes adiantou que a aposta no novo quadro de cooperação passa por "estabelecer objetivos e projetos claramente compreensíveis pelo cidadão comum".

"Mantemos o mesmo empenhamento em relação aos objetivos da cooperação técnico-militar, mas pensamos que, à luz dos meios financeiros que Portugal dispõe, o que importa mais é estabelecer um planeamento realista, objetivos que representem uma vantagem mútua e uma temporalização desses mesmo objetivos", disse.

"É provável que um dos temas importantes venha a ser a área da segurança marítima e a gestão dos oceanos", adiantou o ministro.

Lembrou, neste contexto, a experiência de Portugal nas questões ligadas à pirataria e aos assaltos armados a navios, com a intervenção da Marinha Portuguesa na operação da União Europeia para enfrentar a pirataria ao largo da costa da Somália.

Escusando-se a avançar valores para o novo quadro de cooperação técnico-militar com Cabo Verde, Azeredo Lopes adiantou que no Orçamento de Estado para 2017 a rubrica total da cooperação técnico-militar foi dotada com 5,6 milhões de euros.

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