Autarca de Águeda pede demissão do presidente do Centro Hospitalar do Baixo Vouga

O presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais (PS), enviou uma carta ao presidente do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), exortando-o a demitir-se do cargo.

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Lusa
02/05/2013 11:57 ‧ 02/05/2013 por Lusa

País

Polémica

Em causa está o eventual encerramento de alguns serviços do Hospital de Águeda, que integra, por fusão, o CHBV, juntamente com os hospitais de Aveiro e de Estarreja.

Na missiva, a que a Lusa teve hoje acesso, o autarca afirma ter tido conhecimento de que o serviço de Ortopedia do Hospital de Águeda iria fechar e que o laboratório de Patologia Clínica iria deixar de funcionar após as 16h00.

Gil Nadais mostra-se surpreendido com esta informação, tanto mais porque está agendada para dia 10, a pedido da administração hospitalar, uma reunião para apresentação do plano estratégico do CHBV para os próximos quatro anos.

"O senhor sabe o que anda a fazer? Não apresentou há poucos meses um estudo para melhorar ‘as condições hoteleiras’ do Hospital de Águeda, onde estava prevista a manutenção do Serviço de Ortopedia? Quer discutir um Plano Estratégico quando já implementou, melhor dizendo, já fechou, os serviços que fizeram de Águeda uma referência nacional?", escreve Nadais.

Para o autarca, este é mais um exemplo da "enorme arrogância e sobranceria", que José Abrantes Afonso tem demonstrado no que concerne à articulação de procedimentos com os interlocutores locais.

Na carta, datada de 30 de Abril, o presidente da Câmara de Águeda critica ainda a administração liderada por José Abrantes Afonso, considerando que a qualidade de serviços no Centro Hospitalar "tem decrescido".

"As pessoas esperam mais tempo, embora haja menos consultas e menos actos na urgência", diz Gil Nadais, acrescentando, por outro lado, que "o endividamento do Centro Hospitalar tem aumentado".

O autarca entende que o presidente do CHBV "não tem prestado um bom serviço aos utentes - pela qualidade de serviço que tem sido perdida - e ao país porque não tem acautelado o equilíbrio financeiro, económico e social das suas decisões".

"Em nome dos superiores interesses da população só me resta pedir que se afaste da direcção de um órgão para o qual, efectivamente, não tem demonstrado aptidão para o desempenhar", conclui.

Contactado pela Lusa, o presidente do CHBV não comenta as críticas do presidente da Câmara de Águeda e remete esclarecimentos sobre o eventual encerramento de serviços no Hospital de Águeda para depois da reunião em que será apresentado o plano estratégico do Centro Hospitalar.

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