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Coimbra: Sete anos de cadeia para sueco por tentativa de homícidio

O Tribunal de Coimbra condenou hoje um homem de 40 anos, que esteve fugido às autoridades, a sete anos de prisão efetiva por dois crimes de tentativa de homicídio e detenção de arma proibida, junto a uma discoteca, em 2008.

Coimbra: Sete anos de cadeia para sueco por tentativa de homícidio
Notícias ao Minuto

15:30 - 25/11/16 por Lusa

País Justiça

O homem, natural da Suécia e que residia em Coimbra à data dos factos, era acusado pelo Ministério Público de dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada e um crime de detenção de arma proibida, por disparar contra duas pessoas à frente de uma discoteca da cidade, a 16 de março de 2008.

O Tribunal de Coimbra considerou como provados os factos que constavam da acusação e deu "como provado", ao contrário das alegações do arguido, que houve intenção de matar.

O indivíduo "utilizou um bem particularmente perigoso e disparou para um aglomerado de pessoas", podendo o resultado do seu comportamento ter sido "mais grave para as vítimas", mas também "para as pessoas" que se encontravam próximas do local dos disparos.

"Foi um momento irrefletido que teve", salientou a presidente do coletivo de juízes, dirigindo-se para o arguido, recordando que os disparos ocorreram após este ter sido agredido na discoteca.

Para além de ter disparado, o arguido "depois fugiu", não assumindo os seus atos.

Apesar dos disparos efetuados, as consequências físicas para as vítimas "não foram muito graves", constatou a juíza.

No entanto, "podia ter acontecido uma desgraça naquela noite", frisou.

Para além da pena efetiva de sete anos de prisão, o arguido foi também condenado a pagar uma indemnização civil de 10 mil euros a uma das vítimas.

O Tribunal decidiu também não alterar a medida de coação (pulseira eletrónica), até o trânsito em julgado.

"Tinha uma vida estável e tudo descambou numa noite", afirmou a juíza, no final da leitura da sentença.

Aquando do crime, o arguido acabou por fugir às autoridades quando estava num dos gabinetes de triagem dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

O homem de 40 anos foi encontrado no Brasil, onde trabalhava num laboratório de próteses dentárias e onde já tinha constituído família, em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina.

Segundo a defesa, o arguido esteve detido 28 meses à espera de extradição, que ocorreu em agosto.

A extradição foi efetuada para que o arguido fosse julgado.

À luz do princípio da especialidade e tendo sido efetuada a extradição pelos crimes de tentativa de homicídio, o arguido não foi julgado pelos crimes de ofensa à integridade simples e de evasão de que também era acusado.

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