Comandos: Juíza crê que apenas médico é responsável por mortes
O 127.º curso de Comandos termina esta sexta-feira.
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País Casos
O despacho da juíza de instrução que está a julgar o caso dos Comandos não concorda com a investigação feita pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar, já que acredita que o médico é o único responsável pelas mortes de dois militares no 127.º curso de Comandos.
Num despacho a que a TVI teve acesso, a juíza Cláudia Pina revela que o profissional de saúde Miguel Domingues “não assegurou aos ofendidos Hugo e Dylan os cuidados médicos que o seu estado de saúde exigia”.
“As explicações fornecidas por este arguido em interrogatório são claramente insuficientes, estando este apto a obter um socorro atempado aos ofendidos, ainda que no local não tivesse os meios necessários mas não o fez, desinteressou-se e permitiu pela sua conduta omissiva que o resultado morte se viesse a produzir”, realça a juíza.
Os sete arguidos do processo foram interrogados, na passada sexta-feira, pela juíza e, segundo a TVI, os argumentos da procuradora Cândida Vilar foram suavizados, não havendo praticamente consideração pelos argumentos expostos no despacho redigido no momento dos mandados de detenção, onde é tido em conta o Código de Justiça Militar.
"Os crimes imputados aos arguidos são necessariamente dolosos e foram praticados, na perspetiva do MP, por raiva e ódio irracional, motivações que são claramente subjetivas e não resultam da prova produzida até à data no inquérito”, escreveu, acrescentando que o argumento é “no mínimo rebuscado”.
O curso em causa tem fim esta sexta-feira, mas a frequentá-lo apenas permaneceram 23 dos 67 alunos que o iniciaram.
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