Comandos: Apenas um arguido falou. Silêncio "é um direito que assiste”
Os sete arguidos na morte de dois recrutas dos Comandos saíram em liberdade.
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País Advogado
Foram conhecidas esta sexta-feira as medidas de coação aplicadas aos sete arguidos no caso das mortes dos recrutas Hugo Abreu e Dylan da Silva, durante o curso de Comandos.
Os sete arguidos saíram em liberdade, com termo de identidade e residência. Dos sete, apenas o médico viu ser-lhe aplicada uma medida de coação mais gravosa, estando por enquanto suspenso de exercer a atividade tanto nas Forças Armadas como noutras unidades de saúde.
Alexandre Lafayette, advogado do tenente-coronel Mário Maia, a patente mais elevada entre os arguidos, falou aos jornalistas à saída do Tribunal de Instrução Criminal.
Sobre as medidas de coação, diz o advogado que “a medida de coação já existia. É o que resulta da prova, é o que resulta da decisão” da juíza. Quando questionado sobre esclarecimentos, sugeriu que deviam ser pedidos “à senhora procuradora”, referindo-se a Cândida Vilar, que redigiu o despacho do Ministério Público que permitiu a detenção dos sete elementos.
Sem identificar quem, Alexandre Lafayette confirmou que apenas um dos arguidos falou perante a juíza. Já sobre os restantes arguidos se manterem em silêncio, recordou que “é um direito que assiste”. Segundo a TVI 24, foi o médico o único a prestar declarações hoje em tribunal.
O advogado do tenente-coronel diz ainda que o seu cliente “sempre esteve [de consciência tranquila]”.
“Infelizmente morreram duas pessoas e as famílias dessas pessoas devem estar muito abaladas. Também cumpri serviço militar, antes do 25 de Abril, e sei o que é morrer um camarada. Nenhum de nós gosta de ver um camarada morrer”, afirmou ainda.
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