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"Não havia outra forma de fazer a entrega do Pedro Dias"

A defesa de Pedro Dias garante que seria difícil proceder à entrega de outra forma.

"Não havia outra forma de fazer a entrega do Pedro Dias"
Notícias ao Minuto

23:14 - 11/11/16 por Inês André de Figueiredo

País Mónica Quintela

Mónica Quintela, a advogada de Pedro Dias que foi responsável pela entrega em segurança do suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, prestou declarações à TVI, no ‘Jornal das 8’, e garantiu que “não havia outra forma de fazer a entrega do Pedro Dias” e não que se pronuncia sobre a inocência do seu cliente.

“Estava fugido, foi montada uma caça ao homem, em todos os jornais se dizia que havia ordem para abater e eu, que sou advogada dos pais de Pedro Dias, sou contactada na segunda-feira a dizer que o Pedro Dias se queria entregar, que se entregava comigo se lhe garantisse que ele ficava vivo e sobrevivia, tinha uma responsabilidade muito grande”, começou por esclarecer.

Em nome da defesa, Mónica Quintela explicou que não sabe se Pedro Dias “manteve contactos com familiares” durante a fuga e que apenas sabe do bilhete deixado à irmã que espoletou a possibilidade da entrega. “Quem me contactou foi a irmã [do suspeito] a dizer que tinha recebido um bilhete a dizer que ele se queria entregar, caso lhe garantisse que o podia fazer em segurança”, recorda.

“Eu não tinha hipótese dizer a Pedro Dias para ele vir ter ao meu escritório. E não o podia ir buscar porque seria intercetada”. Assim, a advogada chamou uma jornalista da RTP e o diretor do jornal Diário de Coimbra e assegurou-se que o suspeito ficaria em segurança.

Mais ainda, Mónica Quintela acredita que era importante que a “paz pública [fosse] restabelecida”. “Há um profundo respeito pelas vítimas, pela família das vítimas, pelos pais de Pedro Dias, pela filha e esta situação teria de terminar”, frisa.

Questionado sobre o facto de Pedro Dias ter dado uma entrevista, a advogada foi perentória: “Ele não quis dar uma entrevista”.

“O objetivo não era ele dar uma entrevista, nem isso me tinha passado pela cabeça, mas foi pedido pela Sandra Felgueiras e ela disse uma coisa que lhe tocou, que era que ele não vai ter outra oportunidade de poder falar às pessoas tão cedo”, relembrou nas declarações à TVI.

Como cidadã, e explicando que não é psicóloga nem psiquiatra, Mónica Quintela disse ainda que sempre que falou com Pedro Dias, mesmo no caso da guarda da sua filha, encontrou “uma pessoa com uma educação esmerada, educadíssima e com um trato impecável, sem qualquer tipo de falha”.

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