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Câmara anuncia, sob críticas, milésima casa para habitação social

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa anunciou hoje que o município terá disponibilizado, até ao final do ano, mil casas para habitação social, com os deputados da oposição a tecerem críticas à política municipal de habitação.

Câmara anuncia, sob críticas, milésima casa para habitação social
Notícias ao Minuto

22:33 - 25/10/16 por Lusa

País Lisboa

"Atribuiremos até ao final deste ano a milésima chave de habitação social", afirmou Fernando Medina, explicando que este número abrange todos os programas de habitação social do município.

Falando no seu discurso de abertura do debate anual sobre o estado da cidade, o líder do executivo de maioria socialista defendeu que são "mil famílias que não tinham muitas delas condições de ter uma habitação se não fosse a política municipal de habitação".

Para Medina, que falava na Assembleia Municipal, mil famílias "é um volume com significado, é um volume importante do ponto de vista de habitação, é um volume importante do ponto de vista das oportunidades para as famílias".

"Obviamente que queremos ir mais longe, ir mais além", apontou, indicando que o objetivo do município é "atacar sobre uma frente de risco de exclusão que está a atingir hoje setores das classes médias baixas e das classes médias no acesso à habitação".

O deputado Ricardo Robles, do BE, recordou o discurso de tomada de posse de Medina, em abril de 2015, referindo que o líder do executivo "prometeu cinco mil novos fogos durante o seu mandato", questionando também a Câmara sobre "quantos vai entregar".

Sérgio Azevedo, líder da bancada municipal do PSD, tomou a palavra para afirmar que "está tudo por fazer".

"É verdade que as promessas de proteção dos residentes de Lisboa, que o presidente tanto apregoou, também não passaram de intenções inflamadas, mas que não têm tido qualquer expressão prática", acrescentou.

Também o PCP criticou o facto de a "baixa estar a ser vendida ao desbarato", para dar lugar a hotéis.

Medina aproveitou também para anunciar o início de obras do Bairro da Boavista, advogando que a "habitação municipal não se distingue da habitação das classes médias, que podem adquirir no mercado".

"Estamos a colocar os bairros municipais ao nível do que de melhor se pode fazer em termos de construção em Lisboa", frisou.

No seu discurso de encerramento da sessão, o presidente da Câmara de Lisboa falou ainda do Metropolitano e da Carris.

"Há obviamente uma diferença de possibilidades, recursos e até capacidade de gerar benefícios entre a Câmara gerir a Carris, e o que é a municipalização do metro", frisou Medina.

O autarca advogou que "o metro é a realidade que é", considerando que "os investimentos [necessários] a Câmara Municipal de Lisboa, para já, não teria condições só por si para os suportar".

"Ficar com uma responsabilidade não tendo os recursos para introduzir uma melhoria era, porventura, um cenário de pior degradação do que aquele que existe", apontou.

Isto não significa, ressalvou o presidente, "que a Câmara não tem uma palavra importante na gestão e no plano de investimentos" da empresa, "porque esse interessa muito à cidade de Lisboa e a toda a organização da rede".

Na semana passada, o presidente do município confirmou, no seu espaço semanal de comentário na TVI24, que o Metropolitano de Lisboa vai permanecer sob alçada do Governo, ao contrário da rodoviária Carris, que será municipalizada.

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