Movimento recolhe mais de mil carrinhos de compras na Latada de Coimbra

O movimento 'Não Lixes', que luta por festas académicas mais ecológicas em Coimbra, contabilizou 1.111 carrinhos de compras recolhidos no cortejo da Festa das Latas, que decorreu no domingo.

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Lusa
17/10/2016 13:27 ‧ 17/10/2016 por Lusa

País

'Não Lixes'

O número de carros de compras recolhidos este ano é o maior desde que o movimento começou a promover um cordão de recolha no Largo da Portagem, em 2014, disse à agência Lusa o dinamizador do 'Não Lixes', Fernando Jorge Paiva.

No final do cortejo, o movimento registou 961 carros de compras no ponto de recolha do Largo da Portagem e os restantes na Praça 8 de Maio e na Praça da República, informou.

"Foi um mar de carros", notou Fernando Jorge Paiva, sublinhando que na contabilização não estão os carrinhos recolhidos "noutros sítios" pelos serviços da Câmara de Coimbra e pelos hipermercados ou que "tenham chegado à margem esquerda [do rio Mondego] ou ao Parque Verde".

O dinamizador do movimento congratulou-se ainda com a decisão dos estudantes do Instituto Miguel Torga, que se apresentaram "sem carros de compras nem latas".

Em 2014, o movimento recolheu cerca de 700 carros e em 2015 foram 1.064.

O furto de carrinhos de compras de hipermercados e supermercados é uma prática habitual em Coimbra, na semana que antecede a Latada, com os estudantes a utilizarem-nos para transportarem bebidas alcoólicas durante o desfile.

"O cordão resulta para os carros chegarem ao Largo da Portagem e não irem parar ao Mondego, mas os estudantes continuam a furtar", constatou o dinamizador do movimento, realçando que o ponto de recolha está a ter "um efeito perverso", dando a sensação aos estudantes de legitimação do furto.

Segundo Fernando Jorge Paiva, os estudantes "não se sentem culpabilizados".

No domingo, a Associação Académica de Coimbra (AAC) divulgou uma fotografia nas redes sociais onde apenas apelava aos estudantes para não atirarem os carrinhos para o rio Mondego.

Para o representante deste movimento, os dirigentes associativos "não têm coragem para dizerem aos estudantes para não furtarem os carrinhos".

"Acredito que a solução estará na adoção de medidas por parte dos hipermercados, porque a PSP, não tendo queixas, não pode fazer nada", concluiu.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter um comentário por parte da AAC.

Na operação de recolha colaboraram elementos de segurança dos hipermercados Continente e Jumbo, PSP, Câmara Municipal de Coimbra e AAC, informou o movimento.

 

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