Militares de baixa em protesto contra norma do comando-geral
Situação tem-se repetido de Norte a Sul do país. Militares da GNR estão de baixa em protesto contra os horários de trabalho a que são sujeitos.
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País GNR
Cerca de duas dezenas de militares do posto territorial da GNR de Palmela, em Setúbal, estão de baixa. O serviço está a ser assegurado por militares dos postos limítrofes.
O Notícias ao Minuto sabe que parte do efetivo teve de ser substituído por militares recém-formados, que terminaram o curso este mês. A informação foi confirmada pelo presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).
César Nogueira assume que as situações de convalescença registadas nas últimas semanas de Norte a Sul do país são uma forma de os militares manifestarem insatisfação por questões em torno do horário de trabalho. “Estão insatisfeitos e afetados psicologicamente. A maioria das baixas são por motivos psicológicos”, assumiu.
A 1 de setembro, entrou em vigor uma portaria aprovada pelo Executivo que fixa em 40 horas semanais o horário de referência dos militares da Guarda. Contudo, um mês depois, entrou em vigor uma norma criada pelo comando-geral da GNR que, no entender dos trabalhadores e da associação sindical, choca com a portaria 222/2016.
O sistema de rotatividade do serviço impõe, segundo explicou já César Nogueira, uma média de 48,9 horas de trabalho semanal, com apenas uma folga. Contra a Norma de Execução Permanente, o mesmo interpôs já uma providência cautelar.
A ministra da Administração Interna anunciou, na passada sexta-feira, que ordenou o comando-geral a fazer uma revisão da norma. Já esta quarta-feira, em reunião com as associações que representam os trabalhadores da GNR, assumiu, segundo César Nogueira, que também a portaria pode ser submetida a alguns ajustes.
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