Marcelo elogia "forma humana" de atuação da Polícia Marítima na Grécia
O Presidente da República elogiou hoje a "forma humana" com que atuaram os elementos da missão da Polícia Marítima na Grécia, que realizou mais de 100 ações de busca e salvamento e resgatou mais de 3500 pessoas.
© Global Imagens
País Migrantes
"Estes números confirmam que um português, onde quer que esteja, faz sempre a diferença. Não só pela competência com que exerce a sua missão, mas também pela forma humana que atribui à dimensão pessoal, acrescentando valor e notoriedade a Portugal", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falava numa cerimónia no Museu da Marinha, em Lisboa, durante a qual 54 homens e mulheres da Polícia Marítima que estiveram em missão na Grécia, inserida na operação "Poseidon Sea" da agência europeia Frontex, receberam a Medalha Comemorativa das Comissões de Serviços Especiais.
Perante a embaixadora da Grécia em Portugal, os elementos da Polícia Marítima e seus familiares, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "Bastaria salvar uma daquelas vidas, uma daquelas vidas para valer a pena o vosso esforço, em nome da pátria e em nome da Europa".
"Não tem preço o que foi realizado na vossa missão", considerou o Presidente da República, deixando "uma palavra de gratidão" às famílias dos elementos da Polícia Militar.
O chefe de Estado disse que os elementos da Polícia Marítima "serviram a pátria no que é hoje um cenário de drama, no qual se debate a Europa com um dos seus maiores desafios" e voltou a criticar a forma como a União Europeia tem respondido à crise de refugiados e migrantes: "Deveria receber uma resposta à altura do ideal europeu".
Durante esta cerimónia foi exibido um vídeo com imagens registadas ao longo desta missão da Polícia Marítima, que teve início a 01 de outubro de 2015 e terminou a 30 de setembro.
No final, António Pascoal Rocha, agente de primeira classe da Polícia Marítima que foi chefe desta missão entre janeiro e março deste ano, falou sobre a sua experiência no Mar Egeu e disse que guardará para sempre as imagens das pessoas que a missão portuguesa salvou.
"Eu tento guardar as boas imagens, das pessoas que salvámos. Tento guardar as imagens das crianças que nós ajudámos. Tento guardar a alegria que se vê nos olhos daquelas pessoas quando resgatamos os botes para a nossa embarcação. São as imagens que vão ficar para o fim da minha vida, sempre", declarou aos jornalistas.
O secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, também discursou nesta cerimónia e defendeu que "nos anos de 2015 e 2016 a opção de valorizar e prestigiar a Polícia Marítima tem sido clara".
No seu entender, contudo, "há ainda um caminho a percorrer, no sentido de redimensionar e aperfeiçoar a inserção orgânica da Polícia Marítima, bem como de melhorar o estatuto do seu pessoal".
Marcos Perestrello destacou "a inauguração de um novo Comando Geral e a melhoria generalizada da tecnologia utilizada, dos equipamentos e das instalações", bem como "a abertura do porto marítimo no arquipélago das Selvagens".
Segundo o secretário de Estado, a Polícia Marítima "pode e deve ter um papel ainda mais importante no exercício da autoridade do Estado no mar, designadamente através do embarque regular em navios da Marinha".
Na sua intervenção, o Presidente da República saudou ainda os resultados da missão portuguesa no Mar Egeu "no âmbito do combate ao crime transfronteiriço, de que resultou a detenção de cinco facilitadores", referindo que essa ação "mereceu público louvor das autoridades envolvidas".
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