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Novo Núcleo Museológico da Judiciária do Porto abre-se a universitários
Armas de fogo utilizadas por grupos criminosos armados e objetos de dissimulação de droga apreendidos pela Polícia Judiciária fazem parte do espólio do novo Núcleo Museológico da Diretoria do Norte que vai poder ver-se em 2017.
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Em entrevista à agência Lusa, o diretor da Unidade Territorial do Norte da Polícia Judiciária, Batista Romão, confirmou as intenções de tornar visitável, gratuitamente, o Núcleo Museológico da Diretoria do Norte a partir do início de 2017, designadamente a estudantes do ensino superior e, particularmente, a "alunos de Mestrado e Licenciatura em Direito, Ciências Criminais e Criminologia.
As visitas inserem-se no âmbito de colaborações que vêm sendo desenvolvidas a pedido de universidades para visitar alguns serviços da Judiciária, como a Área do Laboratório de Polícia Científica e Polícia Técnica, uma espécie de CSI (Crime Scene Investigation/Investigação criminal) português, daquela Diretoria, explicou Batista Romão.
Uma parte significativa do espólio do Núcleo Museológico da Diretoria do Norte são armas de fogo que foram utilizadas pela Polícia Judiciária ao longo da história, assim como armas de fogo usadas por grupos criminosos violentos, traficantes de droga e outras algumas apreendidas a grupos considerados terroristas no anos setenta e oitenta.
Arte sacra, punções (peça de aço com que se batem as matrizes que servem para fundir os carateres tipográficos) e notas falsas, material e tecnologia usado no passado, documentos vários, objetos de dissimulação de droga e mesmo quadros falsos de pintores consagrados como Júlio Pomar, Pablo Picasso, Malangatana ou Amadeo Souza Cardoso são outros ex-líbris que a Judiciária tem intenções de revelar a futuros juristas, magistrados ou criminologistas, no âmbito da sua "contribuição histórica para a prevenção e repressão da criminalidade mais grave e organizada", acrescentou aquele responsável.
O Núcleo Museológico da Judiciária do Norte foi recentemente inaugurado no edifício sede de Paranhos, no Porto, substituindo uma pequena sala temática existente no edifício da Direção com o "empenho e colaboração ativa de muitos funcionários, alguns já aposentados", recolhendo ao longo dos anos, "objetos e bens obsoletos", mas que fazem parte da "memória coletiva e histórica da investigação criminal" desenvolvida por aquela Diretoria, explicou Batista Romão.
Nas instalações é feita projeção de notícias antigas sobre a atividade operacional da Diretoria do Porto, assim como dos Departamentos da Judiciária em Braga e Vila Real.
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