Espera-se "identificar as melhores práticas e padrões de coordenação de decisão de políticas de aprendizagem, tanto ao nível local como regional", afirmou à Lusa o investigador da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) Tiago Neves.
"Partindo da perspetiva dos jovens adultos, o projeto 'Young Adulllt' visa contribuir para um ajuste das políticas e para o reconhecimento de recursos pouco explorados, no sentido de se construir projetos de vida", acrescentou.
A equipa de investigação pretende estudar também "a relação e a complementaridade das políticas de educação" no decurso da vida desses jovens, em termos de orientações e objetivos, averiguando "as potenciais implicações e os efeitos (pretendidos ou não)".
Para obtenção dos resultados, vão analisar as instituições e as políticas bem como os dados dos jovens, dos funcionários e dos formadores, recolhidos através de entrevistas, grupos de discussão focalizada e inquéritos por questionário.
Desenvolver estudos de caso acerca da aprendizagem nas regiões selecionadas e comparar as condições socioeconómicas nos vários países envolvidos no projeto, no que respeita ao mercado de trabalho, à educação e à formação, são outros dos métodos utilizados pelos investigadores.
No 'Young Adulllt' estão envolvidos profissionais de 15 faculdades e centros de investigação da Alemanha, da Áustria, da Bulgária, da Croácia, da Finlândia, de Itália, de Portugal, de Espanha e do Reino Unido.
A nível nacional, conta com investigadores do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) da FPCEUP e do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
Esta investigação surgiu no seguimento do projeto GOETE, que tinha como objetivo "compreender como é que diferentes sistemas educativos europeus lidam com a relação entre educação e integração social na sociedade do conhecimento".
Iniciada em março de 2016, tem a duração de 36 meses e foi financiada pela União Europeia ao abrigo do programa Horizonte 2020.