A informação desta mudança levou um grupo de doentes a elaborar uma petição online, que até ao momento conta com 233 assinaturas, contra a transferência deste serviço, embora os autores desconhecessem, na altura da sua redação, o futuro local deste hospital de dia.
"Os doentes oncológicos são unânimes em considerar as instalações [atuais] altamente confortáveis e com condições inigualáveis. Mudar o quê e para quê?", lê-se no texto da petição.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (hospitais Santa Maria e Pulido Valente) garantiu que a mudança é para melhor.
"O hospital de dia de oncologia funcionava inicialmente no Hospital Santa Maria, mas mudou provisoriamente para o Pulido Valente e lá ficou a funcionar em instalações que se dividem entre um rés-do-chão e um primeiro andar, num total de 403 metros quadrados", recordou Carlos Martins.
O administrador sublinhou que este hospital de dia vai ser transferido para "o corpo central do hospital, próximo do edifício Rainha Dona Amélia, onde funciona todo o serviço de pneumologia, e próximo dos serviços de cirurgia torácico".
"O espaço vai ter 843 metros quadrados, o dobro da área atual, dispostos num rés-do-chão e com duas entradas que facilitam, nomeadamente, o acesso das ambulâncias", adiantou.
Sobre a mudança, Carlos Martins disse que esta vai dar-se "em termos de área, que duplica, e na melhoria dos acessos".
Esta deslocalização, prosseguiu, faz parte da requalificação e transformação do Pulido Valente no segundo parque de saúde da capital portuguesa.
Entre outros objetivos, esta requalificação deverá traduzir-se na operação de 8.300 doentes anuais no Hospital Pulido Valente e mais de 300 mil consultas.
Questionado sobre este anúncio, Eduardo Saraiva, um dos subscritores da petição, disse preferir esperar e "ver para crer".