POUPANÇA NO MINUTO
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Guterres, "grato e humilde" para enfrentar "problemas do mundo moderno"
António Guterres é o escolhido para assumir o cargo de secretário-geral das Nações Unidas.
© Reuters
País ONU
Após três meses e uma série de seis votações, António Guterres vê os olhos do mundo sobre si na hora de assumir o cargo de secretário-geral da ONU.
Em Lisboa, a partir do Palácio das Necessidades, o antigo primeiro-ministro e Alto Comissário para os Refugiados discursou.
“Para descrever aquilo que sinto neste momento bastarão duas palavras: humildade e gratidão”, afirmou.
“Gratidão em relação aos membros do Conselho de Segurança pela confiança que em mim exprimiram, mas também em relação à Assembleia-geral das Nações Unidas e a todos os estados-membros por terem decidido um processo exemplar de transparência e de abertura”, disse ainda.
Reservando também uma palavra à inteligência e dedicação dos outros candidatos, Guterres admite que “foi com emoção que verifiquei que o Conselho de Segurança pôde decidir em unidade, por consenso, de forma atempada”.
Guterres faz, por isso, um “sincero voto de que tal facto seja simbólico para ter a possibilidade de tomar a tempo as decisões que o mundo conturbado em que vivemos exige”.
A humildade, especificou Guterres, deve-se “à terrível complexidade dos problemas do mundo moderno”, explicando que essa humildade servirá para defender os “mais vulneráveis” perante “as injustiças deste mundo”.
António Guterres realçou ainda que, neste momento, ele foi indiciado mas ainda não assumiu o cargo. “As Nações Unidas têm um secretário-geral, ele chama-se Ban Ki-Moon, e quero aqui prestar-lhe homenagem”, disse, pedindo ainda apoio ao atual secretário-geral para que ele possa terminar o seu mandato com sucesso.
Guterres deixou ainda um agradecimento ao Presidente da República, ao Governo, aos partidos e diplomatas portugueses que, de um modo ou de outro, contribuíram para “uma campanha extremamente eficaz”.
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