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Petição contra concessão de Forte de Peniche chega às 4 mil assinaturas

Uma petição pública eletrónica, contra a intenção do Governo de conceder a privados a exploração turística ou hoteleira do Forte de Peniche, antiga prisão do regime do Estado Novo, conta hoje com quase 4.000 aderentes.

Petição contra concessão de Forte de Peniche chega às 4 mil assinaturas
Notícias ao Minuto

17:04 - 04/10/16 por Lusa

País Internet

O executivo socialista anunciou na passada semana a ideia de estimular a iniciativa privada para reabilitar e transformar em "ativos económicos" cerca de 30 edifícios históricos como o Forte do Guincho, o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (Coimbra), Mosteiro de Arouca, Castelo de Portalegre, entre outros.

O texto da petição em causa - "Forte de Peniche, Defesa da memória, resistência e luta" - foi colocado na Internet no sábado e subscrito até agora por 3.953 pessoas, incluindo o comunista e conselheiro de Estado do Presidente da República Domingos Abrantes, um dos muitos presos políticos do regime ditatorial e um dos protagonistas de uma das fugas que abalaram o 'status quo' de António de Oliveira Salazar, dessa feita do Forte de Caxias, em 1961.

Cerca de um ano antes, a evasão de uma dezena de combatentes antifascistas, entre eles o histórico líder do PCP, Álvaro Cunhal, tinha já colocado o regime em alerta, precisamente a partir do Forte de Peniche.

"Os abaixo-assinados, democratas antifascistas, surpreendidos com as recentes notícias sobre a concessão do Forte de Peniche, empenhados na defesa da necessária preservação da memória e resistência ao fascismo e pelo respeito de milhares de portugueses que deram o melhor das suas vidas para que o povo português pudesse viver em liberdade, apelam ao Governo para que o Forte de Peniche permaneça património nacional, símbolo da repressão fascista e da luta pela liberdade", lê-se no documento colocado no sítio virtual "peticaopublica.com".

Além de Domingos Abrantes, o músico Sérgio Godinho, o antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura, a antiga companheira do Nobel da Literatura Saramago, Pilar del Río ou a ex-provedora da Casa Pia Catalina Pestana estão entre as personalidades que aderiram.

As petições públicas à Assembleia da República têm ser apreciadas em sessão plenária, depois de validada a sua admissibilidade pela respetiva comissão parlamentar, desde que congreguem mais de 4.000 subscritores. Se ultrapassem 1.000 peticionários e verificada a sua admissibilidade também podem ir a reunião magna para discussão e votação, desde que haja um relatório a justificá-lo por parte dos deputados.

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