Redução de pessoal para este ano no Novo Banco "está feita"
A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo Banco recebeu hoje a garantia de que não serão feitas mais reduções de pessoal até final de 2016, dado que os objetivos relativos à redução de despesa para este ano estão cumpridos.
© Reuters
País Trabalhadores
A CNT reuniu-se hoje com o presidente do Conselho da Administração do Novo Banco, António Ramalho, a quem pediu esclarecimentos sobre uma eventual nova redução de 500 trabalhadores, noticiada na sexta-feira pelo Jornal de Negócios.
"Foi assumido, nesta reunião, que os compromissos incondicionais impostos de redução de custos no valor de 150 milhões de euros e uma redução de 1.000 postos de trabalho, durante o ano em curso, já se encontram cumpridos", diz a CNT num comunicado emitido após o encontro.
Segundo a comissão, foi assumido por António Ramalho que "a CNT será um parceiro estratégico e será ouvida, atempadamente, em relação a assuntos relacionados com o dossier Novo Banco".
"Tendo em conta a garantia que até final no ano de 2016 não haverá mais processos de redução de trabalhadores, apelamos a todos para continuar a manter o profissionalismo e ambição que nos caracteriza", diz no comunicado.
A comissão de trabalhadores ficou preocupada com a notícia avançada pelo Jornal de Negócios, que dizia que a Comissão Europeia impôs novos remédios ao Novo Banco quando, em dezembro do ano passado, foram estendidas as garantias estatais e a data limite para a sua venda até agosto de 2017.
Um desses remédios seria a redução de mais 500 postos de trabalho, depois de já ter havido um corte do quadro de pessoal de 1.000 pessoas, caso o Novo Banco não seja vendido até ao final do ano.
O Novo Banco - o banco de transição que resultou do resgate ao Banco Espírito Santo (BES) - está atualmente em processo de venda, sendo que o Banco de Portugal recebeu quatro propostas de aquisição: dos fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star e dos bancos BCP e BPI.
Este é o segundo processo de venda do Novo Banco, depois de o Banco de Portugal ter considerado que, durante o primeiro processo, suspenso em setembro do ano passado, nenhuma proposta era interessante.
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