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Governo quer RTP como operador universal e destaca Lusa digital

O ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, quer que a RTP se transforme num operador de serviço público universal, apostando na inovação, ao mesmo tempo que considerou acertada a estratégia digital desenhada pela agência Lusa.

Governo quer RTP como operador universal e destaca Lusa digital
Notícias ao Minuto

22:49 - 28/09/16 por Lusa

País Castro Mendes

"Face ao desenvolvimento de novos paradigmas no consumo de media, cabe à RTP fazer a evolução de operador de serviço público de rádio e de televisão para operador de serviço público universal, de media multiplataforma", declarou o governante, durante a sua intervenção no 26.º Congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

Castro Mendes realçou que a RTP deve situar-se "na linha da frente da inovação, servindo todos os públicos com uma oferta diferenciada e abrangente, que inclua não só os produtos generalistas, mas também conteúdos adequados aos diferentes segmentos de mercado e meios de distribuição".

Quanto à agência Lusa, "que presta serviço noticioso e informativo de interesse público", o ministro considerou que "a estratégia digital é uma das peças essenciais do projeto global que a empresa desenhou para garantir a sua viabilidade e possibilidade de crescimento, num quadro setorial marcado por sucessivas mudanças tecnológicas e de padrão de consumo".

E realçou: "É neste quadro, quer nacional, quer global, que a estratégia digital da Lusa foi desenhada. Um projeto que procura dar resposta às novas necessidades de atuais e potenciais clientes, procurando novas oportunidades em novos mercados e procurando valorizar o jornalismo que a caracteriza e a missão pública que lhe está atribuída".

Já Carlos Magno, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), aproveitou a ocasião para comentar que tinha sido ainda hoje questionado pela presidente da ERGA, associação de reguladores europeus do setor, sobre qual a posição do Governo português sobre a diretiva da ADMS (relacionada com o digital media).

"Eu, que já conheço a posição do Governo português, disse-lhe que, felizmente, a posição do Governo português é muito mais avançada do que a do próprio organismo que eu presido", revelou, considerando que "os operadores devem ficar bastante satisfeitos porque há uma coincidência de pontos de vista entre a posição do Governo e a posição de alguns organismos europeus", acrescentou.

Segundo Magno, esta diretiva "vai ser mais importante para o futuro do que se imagina".

Gonçalo Reis, presidente da RTP, Francisco Pedro Balsemão, presidente da Impresa (dona da SIC), e Rolando Oliveira, administrador da Controlinveste, que participaram no debate "Estado da Nação dos Media", concordaram que o setor atravessa uma era de transformação, com o foco apontado ao mundo digital.

Ainda assim, conforme notou Rolando Oliveira, em Portugal, "em tudo o que é digital não tem havido muito sucesso".

"Infelizmente, ainda não há nem dimensão, nem projetos que tenham relevo para dizermos que tiveram sucesso no digital", comentou.

Já Gonçalo Reis destacou o ambiente de "quebra do mercado, de incerteza e de advento do digital" que enfrentam os meios de comunicação social, admitindo que os grupos estão a fazer "todos os esforços" para se posicionarem nesse mundo.

Por seu turno, o líder da Impresa apelou à atribuição de mais incentivos aos operadores de televisão, considerando que Portugal conta com uma "indústria fortíssima", cuja produção ajuda a proteger a cultura portuguesa e a projetá-la no exterior.

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