Mais de metade dos militares já desistiu de curso de Comandos
O Exército referiu hoje que pediu ao INEM e aos hospitais do Barreiro e Curry Cabral os relatórios da assistência prestada aos dois militares que morreram nos Comandos e vai solicitar também os relatórios das autópsias.
© Reuters
País Comandos
Dois militares morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 04 de setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar, no total, segundo o Exército, depois de vários pedidos de desistência e eliminações, permanecem no Curso de Comandos 30 dos 67 formandos iniciais.
Em comunicado, o Exército refere que os relatórios são "indispensáveis à continuidade das diligências da instrução", que pretendem "apurar com rigor e transparência, as circunstâncias em que ocorreram as morte dos dois militares e a eventual existência de indícios de responsabilidade disciplinar imputável a qualquer militar".
Em relação, à Inspeção Técnica Extraordinária, o Exército precisa que está a ser conduzida pela Inspeção-Geral do Exército e "incide sobre o processo de seleção para a frequência do curso e referenciais do Curso de Comandos".
"Devido à complexidade do processo, prevê-se que o relatório final da inspeção esteja concluído até ao final do corrente ano", refere o comunicado.
No documento, o Exército esclarece que continua a colaborar com o Ministério Público e a Polícia Judiciária Militar.
"Não tendo sido constituído como arguido qualquer militar, não existe fundamento para a suspensão de funções de qualquer dos elementos que integram as equipas de instrutores do 127.º Curso de Comandos", acrescenta o Exército.
Na sequência das mortes dos militares, o curso foi suspenso, mas acabou por ser retomado.
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